A Cadeira (The Chair Company, 2025) - crítica da série de comédia da HBO Max A Cadeira (The Chair Company, 2025) - crítica da série de comédia da HBO Max

A Cadeira (2025) | Crítica da Série | HBO Max

A HBO Max lança uma das estreias mais comentadas do ano com A Cadeira (The Chair Company), comédia criada por Tim Robinson e Zach Kanin. O programa combina humor absurdo, crítica social e uma estrutura de thriller conspiratório para explorar a rotina de um homem comum que perde o controle da própria sanidade após um incidente banal no trabalho. A série estreou com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, chamando atenção pela mistura incomum de estilos e pelo desempenho de Robinson no papel principal. Leia a crítica da série:

Crítica de A Cadeira

Uma conspiração nascida de uma cadeira quebrada

A trama acompanha Ron Trosper (Tim Robinson), gerente de projeto em uma empresa de construção que está prestes a concretizar o maior contrato da carreira. Durante uma reunião, uma simples cadeira defeituosa provoca um acidente e desencadeia uma sequência de eventos desastrosos. Obcecado em denunciar o problema ao fabricante, Ron acaba se envolvendo em uma rede de mistérios que pode esconder algo muito mais sinistro.

A partir daí, o roteiro transforma uma situação cotidiana em uma sátira sobre burocracia corporativa, paranoia e a frustração moderna diante de sistemas ineficientes. Ao tentar lidar com o atendimento ao cliente da empresa de cadeiras, Ron mergulha em um labirinto de respostas automáticas, atendentes confusos e pistas contraditórias — um reflexo cômico da experiência de qualquer consumidor comum.

Humor desconfortável e crítica social

Assim como nas séries anteriores de Robinson, como I Think You Should Leave, o humor de A Cadeira é construído sobre o desconforto. A série brinca com as reações exageradas de pessoas comuns diante de situações banais, levando o constrangimento a níveis quase surreais. A comédia nasce do desespero e da falta de controle, com o protagonista afundando em sua própria teia de obsessões.

Além das piadas e do tom absurdo, há também uma leitura social evidente. O roteiro satiriza a cultura corporativa americana, onde a ineficiência e a falta de empatia das grandes empresas geram frustração e revolta. O incidente com a cadeira, no fim das contas, serve como metáfora para a perda de propósito e o colapso emocional de um homem preso à lógica impessoal do trabalho moderno.

Elenco e estilo de The Chair Company

Tim Robinson conduz a série com seu estilo característico de comédia desconcertante. O elenco de apoio inclui Lake Bell como Barb, sua esposa, Sophia Lillis e Will Price como seus filhos, e Lou Diamond Phillips como o excêntrico CEO da empresa. Jim Downey, veterano do Saturday Night Live, se destaca como Douglas, colega de trabalho e rival de Ron.

A Cadeira (The Chair Company, 2025) - crítica da série de comédia da HBO Max

Dirigida por André DeYoung, a produção mantém o ritmo entre o absurdo e o suspense, lembrando obras como The Curse e Barry. A trilha sonora e a estética corporativa reforçam a sensação de paranoia crescente que domina a narrativa.

Crítica: vale a pena assistir a A Cadeira, série da HBO Max?

Com oito episódios e ritmo enxuto, A Cadeira entrega uma experiência singular. É ao mesmo tempo uma sátira sobre o mundo do trabalho, um estudo sobre ansiedade contemporânea e um exercício de humor de constrangimento. Nem todos se identificarão com o estilo de Tim Robinson, mas quem aprecia sua abordagem excêntrica encontrará aqui uma das séries mais originais da HBO Max em 2025. Assista aqui.