Sisu: Road to Revenge aprofunda o universo apresentado no filme de 2022 (crítica completa), ampliando a escala da ação e explorando novas camadas do protagonista Aatami Korpi. Embora seja uma produção direta e enxuta, o longa esconde escolhas criativas, influências visuais e decisões narrativas que ajudam a explicar por que a sequência se destaca dentro do gênero. A seguir, confira cinco fatos e curiosidades sobre o filme.
1. A escala da ação de Sisu: Road to Revenge foi inspirada pelo cinema mudo e por animações clássicas
O diretor Jalmari Helander adota em Road to Revenge uma linguagem visual que mistura ação brutal com humor físico, remetendo ao cinema mudo e até aos desenhos estilos Looney Tunes. Esse estilo aparece principalmente nas coreografias exageradas e no uso de situações impossíveis, sempre apresentadas com ritmo acelerado que não dá tempo ao público de questionar a lógica.
2. O filme utiliza capítulos para estruturar as cenas de ação
Assim como no primeiro Sisu, a sequência é dividida em capítulos com cartelas de título. Em Road to Revenge, cada capítulo serve para organizar visualmente as diferentes fases da perseguição. Sequências como “Motor Mayhem” e “Incoming” funcionam como microcurtas de ação, cada uma elevando o nível de caos introduzido anteriormente.
3. A jornada de Korpi é construída como um road movie violento em Sisu 2
Diferente do primeiro filme, que explorava um jogo de gato e rato contra soldados nazistas, a sequência assume a forma de um longo road movie. Korpi passa grande parte do filme dirigindo um veículo carregado de tábuas — os restos da própria casa — enquanto tenta cruzar paisagens hostis. Essa estrutura cria um movimento contínuo que mantém o ritmo intenso até o final.
4. Stephen Lang interpreta um antagonista com ligação direta ao passado de Korpi
O vilão Igor Draganov funciona como um contraponto direto ao protagonista. Ambos são guerreiros experientes, mas interpretam a violência de maneiras opostas. Lang entrega um vilão marcado pelo orgulho e pela brutalidade, ampliando o conflito emocional da trama ao estabelecer um elo pessoal com a história trágica de Korpi.
5. O final de Sisu 2 sugere tanto um encerramento quanto um possível novo capítulo
A sequência termina com Korpi reconstruindo sua casa com a ajuda de moradores locais. As imagens finais, mostradas como fotografias, funcionam como um possível encerramento da saga, mas também deixam brechas para um terceiro filme. A aceitação de Korpi pela comunidade cria novas possibilidades de conflito caso Sisu 3 seja produzido.