Com o surto do novo coronavírus, milhões de pessoas precisam ficar em casa, então, que tal aproveitar esse tempo para por alguns filmes em dia ou rever velhos clássicos? Reunimos um conjunto de filmes protagonizados pelo ícone Robert de Niro para você e sua família assistir nesse período.
Ele foi um Touro Indomável, um mafioso e um motorista de táxi. Qualquer fã de cinema reconhece Robert De Niro como um dos verdadeiros ícones de Hollywood, uma força da natureza que traz suas proezas de atuação para a tela de cinema há quase meio século.
Há alguns anos, houve rumores de que talvez o ator não estivesse dando o seu melhor, depois de uma série de exibições medíocres em filmes de comédia terríveis, mas sua atuação em O Irlandês impressionou.
Então, ainda há vida no velho touro. E muitos filmes dele para conferir, se você ainda não viu: eis alguns que podem ter passado pelo seu radar.
Fogo Contra Fogo (1995)
Os anos 90 foram um período de ouro para o ator. Depois de uma excelente atuação como especialista em apostas que trapaça na contagem de cartas e no Cassino, De Niro dedicou seus talentos de atuação para um personagem diferente no filme Fogo Contra Fogo.
Como Neal McAuley, o principal criminoso, o ator se destaca com uma atuação poderosa ao lado do grande Al Pacino. O filme culmina na famosa cena do café, onde os dois personagens se encontram, o momento é marcado pelo magnífico diálogo e atuação de ambos.
A cena é apenas uma parte desse clássico do cinema, no qual De Niro e Pacino retratam homens soberbos que procuram um equilíbrio entre suas vidas profissional e pessoal em diferentes lados da lei.
Tempo de Despertar (1991)
De Niro fez seu nome nos papéis de “durão” por isso sua atuação neste filme é fascinante. Ele interpreta um paciente que acorda de um coma de 40 anos após ser vítima da “doença do sono” na década de 1920.
Baseado em uma história verídica, o ator apresenta uma performance tocante de alguém que aceita um novo mundo, mesmo que por pouco tempo. Sua parceria com Robin Williams, seu médico no filme, transmite muita alegria, e deu a De Niro uma indicação ao Oscar de Melhor Ator naquele ano, além de mais duas indicações para o próprio filme.
Muito do crédito deve ser dado à falecida diretora do filme, Penny Marshall, que entregou a medida certa de sentimentos ao filme, para que ele toque o coração sem a necessidade de exageros. Certamente, é para assistir em um domingo chuvoso.
Fuga à Meia-Noite (1988)
Para os fãs de duplas improváveis, Fuga à Meia Noite apresenta um caçador de recompensas e um contador que fogem do FBI e das tentativas de assassinato da máfia. O filme segue uma louca jornada em zigue-zague pelos EUA, onde eles têm sobreviver aos atentados… e à personalidade um do outro.
É fácil reconhecer o personagem que De Niro interpreta, embora sua atuação como o caçador de recompensas, Jack Walsh, seja eletrizante junto com Charles Grodin, que interpreta muito bem um contador nervoso.
O filme de Martin Brest foi um grande sucesso e várias sequências na TV depois disso foram de menor qualidade, como costuma ser o caso. Provavelmente porque eles não tinham De Niro ou Grodin.
Era uma Vez na América (1984)
É melhor sair de uma vez do que desaparecer aos poucos. Bem, foi o que o lendário diretor Sergio Leone fez com esse épico de quatro horas.
O filme se passa no período da Lei Seca nos EUA, descrevendo a vida de dois amigos que crescem juntos e se tornam mafiosos no centro de Nova Iorque. De Niro está no centro de tudo, interpretando David “Noodles” Aaronson, um personagem extremamente complexo. “Noodles” sofre o conflito interno de ser uma alma gentil e educada que precisa realizar atos de brutalidade irracional – e De Niro retrata muito bem essa confusão interna.
Alguns críticos apontaram a longa duração do filme como desnecessária, mas, considerando a duração de algumas das séries atuais da Netflix, pode-se argumentar que o filme conseguiu encaixar muito bem tantos acontecimentos em quatro horas.
A grande conclusão é que De Niro e Leone se combinaram para entregar um final glorioso à carreira do cineasta e mostrar De Niro em seu auge.
O Rei da Comédia (1983)
Joaquin Phoenix é justamente elogiado por seu fantástico retrato de um comediante desequilibrado em Coringa, mas De Niro chegou lá primeiro.
Juntando-se mais uma vez a Martin Scorsese, o ator apresenta uma performance sombria como um perseguidor obsessivo, que persegue seu herói, o comediante Jerry Langford (Jerry Lewis). O filme chega a uma conclusão emocionante, na qual não vamos ter medo de dar spoilers – mas com certeza vale a pena esperar.
Embora algumas cenas sejam um pouco desconfortáveis de assistir, o filme ainda mostra um lado mais leve das proezas de atuação de De Niro – um evento de boas-vindas após suas pesadas atuações em Taxi Driver – Motorista de Táxi e Touro Indomável.
O filme também é sombriamente engraçado em alguns momentos, o que significa que você irá rir e também irá desaprovar em algumas cenas.
O Franco Atirador (1978)
Um dos filmes de De Niro que costuma ser esquecido é O Franco Atirador. Um poderoso drama ambientado durante a Guerra do Vietnã, este foi um dos primeiros filmes a retratar esse período.
De Niro tem um ótimo desempenho como veterano, aceitando o golpe devastador que a guerra tem na vida de seus colegas. O filme ganhou cinco Oscars por esse retrato, incluindo uma indicação para De Niro como Melhor Ator.
Embora tenha sido criticado por algumas cenas desnecessariamente longas, o filme é lembrado como um clássico de seu tempo e que mostra De Niro no seu auge.
Então, se você tiver algumas horas livres em um fim de semana chuvoso, talvez deva colocar um filme de Robert De Niro. Seja como um gangster perverso ou como um paciente em coma, o ator veterano passou cinco décadas nos entretendo e parece provável que continue por mais algum tempo.