O Clube do Crime das Quintas-Feiras, novo filme da Netflix - confira fatos e curiosidades da produção e diferenças para o livro O Clube do Crime das Quintas-Feiras, novo filme da Netflix - confira fatos e curiosidades da produção e diferenças para o livro

O Clube do Crime das Quintas-Feiras: diferenças entre filme e livro

A adaptação da Netflix de O Clube do Crime das Quintas-Feiras (The Thursday Murder Club), lançada em 2025 e dirigida por Chris Columbus, trouxe mudanças significativas em relação ao romance escrito por Richard Osman. Algumas alterações simplificam a narrativa, enquanto outras reestruturam motivações e personagens, criando uma experiência distinta para os leitores e espectadores.

Reunimos abaixo as sete maiores diferenças entre o livro e o filme de O Clube do Crime das Quintas-Feiras:

1. Jason Ritchie tem papel reduzido e prisão exclusiva do filme

No romance, Jason Ritchie não chega a ser preso por falta de provas, mas no filme sua detenção se torna um dos motores da narrativa. Essa mudança coloca o personagem, interpretado por Tom Ellis, em maior evidência, mas também reduz outros aspectos do seu arco.

Enquanto no livro Jason participa ativamente da investigação, suspeita de Karen e Gordon Playfair e até busca ajuda do Clube do Crime para limpar seu nome, na adaptação ele se mantém mais afastado. O filme substitui sua investigação própria por um álibi baseado em um caso extraconjugal, alterando a dinâmica de sua participação na trama.

2. Bobby Tanner ganha protagonismo como vilão

No livro, Bobby Tanner aparece de forma secundária, ligado indiretamente aos acontecimentos. Já no filme, interpretado por Richard E. Grant, ele assume um papel central.

A versão da Netflix mostra Tanner enviando um homem para assustar Elizabeth no cemitério e um intruso para deixar flores e bilhetes ameaçadores em sua casa. Isso intensifica o conflito direto entre ele e os protagonistas, tornando-o mais presente na narrativa.

3. Bogdan Janowski tem motivação completamente diferente

Uma das maiores alterações está no arco de Bogdan Janowski (Henry Lloyd-Hughes).

No livro: ele é um assassino calculista, responsável pela morte de Tony Curran e Gianni Gunduz em vingança pelo assassinato de seu amigo Kazimir.

No filme: Bogdan é retratado como alguém que mata Tony Curran em legítima defesa. Sua motivação é recuperar o passaporte para visitar a mãe doente na Polônia, o que aproxima sua história da de Stephen, marido de Elizabeth, que também lida com a demência.

A mudança altera profundamente a percepção do personagem, transformando-o de um vingador frio para alguém mais vulnerável.

O Clube do Crime das Quintas-Feiras, novo filme da Netflix - confira fatos e curiosidades da produção
Créditos da imagem: Netflix

4. Padre Mackie perde espaço na trama

O Padre Mackie é uma das principais pistas falsas do livro, recebendo um arco inteiro que desvia a atenção do leitor para longe da solução do crime.

No filme, essa abordagem é descartada. Mackie aparece apenas em uma participação especial, enquanto a narrativa se concentra diretamente no mistério central. Essa escolha enxuga a história e acelera o ritmo da adaptação.

5. Johnny Turco foi completamente removido do filme O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Outro corte significativo é o de Gianni Gunduz, também conhecido como Johnny Turco.

No livro: ele é apresentado como um possível suspeito do assassinato de Tony Curran. A investigação chega a levar personagens até Chipre para rastreá-lo, já que foi Johnny quem tirou a foto encontrada na cena do crime e ajudou a encobrir o passado de Tony.

No filme: o personagem não existe. Todo esse arco é eliminado, simplificando a trama e focando nos personagens centrais.

6. Stephen tem menos importância no desenvolvimento do mistério em O Clube do Crime das Quintas-Feiras

Stephen, marido de Elizabeth e interpretado por Jonathan Pryce, tem papel mais ativo no livro do que no filme.

No romance: Bogdan confessa a Stephen que matou Tony Curran, mas, devido à demência, ele esquece a revelação, criando um ponto de tensão dramática.

Na adaptação: Stephen grava indiretamente a confissão, mas isso não influencia o desfecho do caso, tornando sua participação mais simbólica do que efetiva.

7. O medalhão do Clube ganha significado exclusivo na adaptação

O Clube do Crime das Quintas-Feiras introduz um detalhe ausente no livro: os medalhões de ouro do Clube do Crime. Esses colares funcionam como um símbolo de pertencimento, quase como uma senha para entrar em um espaço secreto.

A entrega do medalhão a Joyce (Celia Imrie) no final do filme reforça sua posição como integrante oficial do grupo, algo que no livro é apenas implícito. A mudança cria um fechamento emocional para a personagem, sem alterar a essência de sua relação com os demais membros.