O filme Frankenstein (2025), dirigido por Guillermo del Toro e recém-chegado à Netflix, marca uma das adaptações mais aguardadas da obra de Mary Shelley. Com um elenco liderado por Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, a produção combina terror gótico, drama e a estética singular do cineasta (crítica completa). A seguir, reunimos dez fatos e curiosidades que ajudam a entender como o projeto tomou forma e por que se tornou um dos lançamentos mais comentados do ano.
1. Del Toro sonhou com o filme Frankenstein por mais de 30 anos
O diretor menciona Frankenstein como um de seus “projetos dos sonhos” desde o início da carreira. Ele passou décadas desenvolvendo rascunhos, estudos visuais e conversas com estúdios até finalmente transformar a ideia em filme.
2. O longa é inspirado diretamente no romance de 1818
Apesar das mudanças estruturais e emocionais feitas por del Toro, a adaptação busca recuperar temas centrais do livro de Mary Shelley, como culpa, criação e responsabilidade, além de manter a ambientação europeia do século XIX.
3. Jacob Elordi interpreta a criatura com forte carga emocional em Frankenstein
Elordi impõe presença física, mas também traz vulnerabilidade ao papel. A criatura é retratada como sensível, inteligente e profundamente solitária, refletindo o foco do diretor na humanidade dos monstros.
4. Oscar Isaac constrói um Victor mais sombrio
O Victor Frankenstein de Isaac é apresentado como um cientista movido pela obsessão e pelo ego, aproximando-se da interpretação literária original, que o pinta como um homem ambicioso, falho e emocionalmente instável.
5. A produção de Frankenstein utiliza um design de arte com referências góticas e barrocas
A equipe de del Toro, incluindo a designer Tamara Deverell, cria ambientes repletos de texturas, sombras e símbolos religiosos. O uso de vermelho e preto é frequente, reforçando o contraste entre vida, morte e obsessão.
6. O anjo flamejante surgiu de desenhos pessoais do diretor
O motivo visual do anjo que persegue Victor nos sonhos foi desenvolvido a partir de cadernos de sketch de del Toro, onde o cineasta costuma registrar ideias de criaturas e mitologias próprias.

7. Mia Goth compõe uma Elizabeth muito diferente de outras versões
A atriz interpreta Elizabeth como uma figura empática e ativa na narrativa. Sua relação com a criatura é central no filme, dando novo peso emocional ao destino trágico da personagem.
8. O filme Frankenstein conta com referências a James Whale e à Hammer Films
Embora não se prenda às versões clássicas, del Toro presta homenagens discretas à cinematografia de terror dos anos 1930 e 1950, em especial aos enquadramentos e ao uso de sombras.
9. A imortalidade da criatura é uma mudança significativa da trama
Na visão de del Toro, a criatura possui um fator de cura avançado, tornando-se literalmente imortal — decisão que altera o sentido do desfecho e adiciona uma camada trágica ao personagem.
10. O final de Frankenstein é mais esperançoso que o do livro
Em vez de buscar a própria destruição, como no romance de Shelley, a criatura termina o filme caminhando para um futuro incerto. O gesto simboliza a busca constante por humanidade, tema recorrente na obra de del Toro.