Já considerado um clássico do cinema, filme conta com ótima direção e elenco – além de um final com boa dose de polêmica
Interestelar (2014), dirigido por Christopher Nolan, reúne ciência avançada e narrativa envolvente. Com consultoria do físico Kip Thorne, o filme ofereceu diversas curiosidades que o colocam como marco na história do cinema. A seguir, confira 50 curiosidades e fatos que mostram por que Interestelar permanece e continuará inesquecível.
1–10: Imposições de Kip Thorne, Nolan fazendeiro e relação de Interestelar com Contato (1997)
-
Kip Thorne impôs duas regras desde o início: nada poderia violar as leis conhecidas da física e todas as especulações deveriam ter base científica;
-
Thorne levou duas semanas para convencer Christopher Nolan a não incluir viagem mais rápida que a luz;
-
A viagem espacial no filme baseia‑se nos trabalhos de Thorne, os mesmos que inspiraram Contato (Contact, 1997); Matthew McConaughey atuou também nesse longa que teve direção de Robert Zemeckis;
-
As nuvens no planeta gelado extrapolam o suporte físico do gelo, mesmo dentro das margens criativas autorizadas;
-
TARS foi uma marionete real operada por Bill Irwin no set; o ator foi removido digitalmente na pós‑produção;
-
CASE também foi operado por Bill Irwin, mas sua voz foi dublada por Josh Stewart;
-
Nolan criou o design de TARS em parceria com Nathan Crowley; o nome significa “technically advanced robotic system”;
-
Quando Nolan mostrou TARS aos filhos, eles só se interessaram ao entender sua modularidade;
-
Fazendeiro? Para as cenas no campo de milho, Nolan plantou cerca de 500 acres — o milho foi depois vendido com lucro;
-
Os logos de Warner Bros. e Paramount foram mostrados sujos, para refletir a Terra árida retratada no filme.
11–20: Nota no IMDB e a importância do Gargântua
-
A versão IMAX em 70 mm tem os créditos finais reduzidos em 2 minutos, por limite da mídia;
-
O equilíbrio entre roteiro e realismo rendeu polêmica sobre o final emotivo;
-
Prestígio: a nota IMDb do filme é 8.7/10, com 40% dos votos atribuindo 10/10;
-
Graves tempestades de poeira foram inspiradas na real Dust Bowl e na crise ecológica contemporânea;
-
A mensagem “fantasma” de Murph usa código binário convertido por Cooper; os “riscos” indicam coordenadas;
-
O “plano A” envolve manipular a gravidade para permitir o êxodo de milhões da Terra;
-
O “plano B” preserva a humanidade via embriões, sem depender da salvação da Terra;
-
A dilatação temporal no planeta de Miller segue a proximidade ao buraco negro Gargântua;
-
Coletar dados do singularidade era impossível sem entrar no buraco negro; era a única forma de completar a equação;
-
Após a desconfiança a respeito de alienígenas na trama, a questão dos “eles” é resolvida: trata‑se de humanos do futuro, com consciência do espaço‑tempo.
21–30: ética espacial e humor ajustável
-
O tesseract, onde Cooper se encontra, é uma representação visual da quarta dimensão;
-
A cena final mostra Cooper reencontrando Murph já idosa e decidindo ir atrás de Brand;
-
Em cena, TARS revela que o tesseract foi criado por humanos do futuro;
-
TARS transmite instruções em binário e Morse, ativadas pelo ponteiro de relógio;
-
Bill Irwin também foi roteirista esporádico enquanto operava TARS;
-
O humor e honestidade de TARS são ajustáveis: “honesty 90% e humor 75%”;
-
A frase “Love, TARS, love” revela a importância do vínculo emocional como força física;
-
Romilly e Cooper descobrem que 23 anos se passaram na Terra após Miller;
-
O plot de Mann foi desenhado para questionar ética em situações extremas;
-
O discurso de TARS estabelece o tempo como dimensão física: “time is represented here as a physical dimension”.
31–40: Trilha sonora, pouco CGI e colaboração da NASA com Interestelar
-
A trilha sonora composta por Hans Zimmer foi feita antes que ele soubesse que se tratava de ficção científica; Nolan pediu que ele compusesse a partir da ideia de “relacionamento entre pai e filho”.
-
Nolan usou o mínimo possível de CGI; muitas cenas foram criadas com efeitos práticos e projeções reais.
-
A equipe de efeitos visuais criou uma nova renderização para Gargântua, o que resultou em um artigo científico publicado.
-
O visual de Gargântua influenciou representações futuras de buracos negros, incluindo a primeira imagem real capturada em 2019.
-
As cenas no planeta gelado foram gravadas na Islândia, em um local também usado para Batman Begins.
-
Matthew McConaughey chorou de verdade ao ver os vídeos envelhecidos dos filhos; a cena foi filmada em uma só tomada.
-
A personagem de Anne Hathaway, Brand, tem nome inspirado em cientistas da biologia e física real.
-
A nave Endurance tem forma circular inspirada em estações espaciais reais e foi construída em escala.
-
A NASA colaborou informalmente com a produção, fornecendo dados reais e modelos de simulação.
-
Nolan se recusou a usar 3D para manter a experiência cinematográfica mais próxima da realidade visual.
41–50: Chastain leitora voraz, Oscar e a busca por Brand
-
O filme tem mais de 100 minutos com cenas em formato IMAX — uma das maiores proporções já utilizadas.
-
Durante a filmagem, os atores usaram capacetes pressurizados e trajes completos, mesmo em locais abertos.
-
Jessica Chastain gravou suas cenas como Murph em menos de um mês; ela entrou no projeto após ler o roteiro em 24 horas.
-
A estrutura do roteiro segue um padrão de três atos, mas com distorções temporais simultâneas.
-
O relógio deixado por Cooper para Murph foi lançado como item promocional oficial após o lançamento do filme.
-
Em algumas versões internacionais, o nome de Murph foi alterado ou adaptado para nomes locais.
-
O filme inspirou discussões acadêmicas em cursos de física e filosofia ao redor do mundo.
-
Interestelar ganhou o Oscar de Melhores Efeitos Visuais e foi indicado a outros quatro prêmios.
-
Algumas falas de TARS foram improvisadas por Bill Irwin durante as sessões de dublagem.
-
O final do filme — com Cooper viajando para encontrar Brand — foi deixado intencionalmente aberto por Nolan, para permitir múltiplas interpretações e discussões.