Em pleno InkTober, é inevitável não lembrar de grandes artistas da 9º arte, e sua importância para o mundo dos quadrinhos
Mês de outubro já quase em seu fim, e muitos usuários das redes sociais como FaceBook e Instagram devem ter visto e se intrigado com amigos compartilhando desenhos próprios todos os dias do mês, acompanhados da hashtag #InkTober.
Pois é, além de comemorarmos o Dia das Crianças, das Bruxas e do Podcast, outubro é também mês dos desenhos e do desafio diário. O Inktober começou no ano de 2009, onde o ilustrador Jake Parker resolveu postar 1 desenho por dia e, chegando no fim de outubro, ele teria um parâmetro de quanto suas habilidades foram desenvolvidas no decorrer deste mês.
Vendo tantos desenhos de amigos e ilustradores que acompanho pelas redes sociais, resolvi listar 5 desenhistas que são grandes referencias para mim, e fizeram com que eu me apaixonasse cada vez mais pelo mundo do quadrinhos (além de aplicar esse desafio ao meu cotidiano, é claro).
Bruce Tim
Esse foi um artista que mudou muito a forma de se produzir animações, e trouxe uma das melhores adaptações do Morcego de Gothan para o mundo dos Cartoons. Com seu traço clássico e claramente referenciado pelo mestre Jack Kirby, esse norte americano fez parte da vida de muita gente, pois depois de trazer sua visão do Batman, ele continuou consolidando o universo de animações da DC com o Superman e por fim, uma das melhores coisas já feitas com super-heróis nos últimos anos nas animações para TV, a Liga da Justiça.
John Romita Jr.
O senhor John Salvatore Romita Jr. filho do grande ícone dos quadrinhos, John Romita Sr. Já está a bastante tempo no mercado das HQs, e por muitos anos foi referência da editora Marvel Comics. Já atua no mercado desde 1977 e ganhou grande popularidade ao assumir a arte do Homem de Ferro. Sua fase em Homem Aranha é um ícone para os fãs e é responsável pelos desenhos da origem revisitada pelo grande FranK Miller do herói de Hell’s kitchen, Demolidor, que inclusive serviu de base para a primeira temporada da série produzida pela Netflix. Sua ida para a DC em 2014 depois de tantos anos trabalhando na Marvel gerou bastante controvérsia (ele assumiu a revista do Superman), pois seu traço não é uma unanimidade entre os fãs (já entrei em vários debates defendendo o Romitinha). Mas algo que ninguém pode negar é que a narrativa visual e cenas de ação/pancadaria impressas nas páginas de John Romita Jr. são únicas e servem de inspiração para muitos desenhistas.
Frank Quitely
Esse desenhista vem para o Brasil agora em dezembro, na CCXP. Frank Quitely foi um cara que me deixou bastante impressionado com sua narrativa e traço bastante peculiar, principalmente ao retratar ‘suas’ mulheres. Sua obra prima é a aclamada história roteirizada pelo “modelo de cuecas” Grant Morrison, em Grandes Astros: Superman, uma das melhores histórias já produzidas sobre o último filho de Krypton. Em parceria com Morrison, Quitely tem grandes trabalhos, como sua controversa fase dos X-men, Flex Mentallo, Batman e Robin, We3 entre outros. O Escocês também tem outros trabalhos bem lembrado pelos fãs, como sua fase em Authority, Sandman (Noites sem fim), Os invisíveis e Liga da Justiça.
John Buscema
Se existe um desenhista que fez parte de minha formação, junto a nomes como Jack Kirby e John Byrne, foi John Buscema. Eu fui iniciado ao universo das HQs com esse cara, quando lia a Espada Selvagem de Conan, e seus desenhos em preto e branco naquele tamanho gigante, afinal, nesta espoca no Brasil, tínhamos os famosos formatinhos, e uma revista em tamanho maior que o americano era um deleite visual. Buscema está completamente ligado a grandes heróis e sua criação, ele faz parte de tudo que conhecemos e consumimos nos dias de hoje, realizando trabalhos nos Vingadores, Thor, Quarteto fantástico, Surfista Prateado entre tantos outros personagens que conhecemos. Infelizmente John nos deixou em 2004, vitimado por um câncer no estomago, mas meses antes de morrer, a lenda ainda teve tempo de trabalhar com a DC, onde desenhou os grandes ícones da editora, como Batman e Superman.
John Byrne
O canadense John Byrne não poderia nunca ficar de fora dessa lista. Ele é uma grande referência de arte sequencial, e existiu uma época em que eu acompanhava todos os trabalhos dele. Comecei a ler Superman quando ele deixou a Marvel Comics e foi desenhar e escrever as histórias do Escoteiro de Metrópoles. John Byrne me foi apresentado em sua clássica fase dos X-Men, ao lado de Chris Claremont nos roteiros, onde eles conseguiram trabalhar como ninguém a equipe de mutantes da Marvel, fazendo que essa fase seja lembrada sempre pelos leitores como uma das melhores equipes a estarem a frente de um título. Histórias como da Fênix Negra e Dias de um Futuro Esquecido são marcos na memória de qualquer fã de quadrinhos. Byrne também é lembrando por sua fase em Capitão América, Mulher Hulk e sua revitalização do Quarteto Fantástico, onde, assim como em X-men, ele deu uma visibilidade maior a personagens femininas, e Sue Richards deixou de ser um personagem invisível e tornou-se alguém muito mais relevante dentro do grupo. Sua fase na Tropa Alfa é lembrada até hoje, e foi em suas mãos que Wolverine tornou-se um dos grandes personagens da Marvel Comics.
Ainda dá tempo de entrar na brincadeira do #InkTober, não precisa ser profissional, o desafio maior é se colocar à prova e cada vez melhorar. Aproveite e nos conte: quais são os desenhistas que mais inspiraram vocês?