7 Filmes em homenagem ao Dia do Nordestino – Parte 1

Neste Dia do Nordestino, separamos filmes ‘cabra da peste’ para você curtir

O cinema nacional é um tanto subestimado. Seja pelo preconceito dos tempos da pornochanchada ou pela falta de espaço nos grandes shoppings que dão preferência aos “filmes pipoca” estadunidenses, a verdade é que há grandes atores, diretores e roteiristas por aqui. E grande parte deles são do nordeste, que por sua vez também precisa lidar com a ignorância e preconceito do resto do Brasil.

E para prestar a devida homenagem nesse Dia do Nordestino (8 de Outubro), separamos alguns grandes filmes que trabalham a cultura nordestina. São pessoas reais ou imaginárias com os mesmos defeitos e virtudes que qualquer um pode ter, numa região onde há espaço geográfico suficiente para diversas outras culturas, tornando único cada local visitado. Além disso tudo, são brasileiros.

O Homem Que Virou Suco

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“Por que não faz igual meu marido, que pega no batente bem cedo e só volta de noite, cansado?” Esse é o conselho que o poeta Deraldo (José Dumont) ouve logo no começo de O Homem Que Virou Suco, filme que aborda o preconceito e descaso contra os nordestinos que migram para outros cantos do Brasil afim de melhorar sua situação financeira, tema recorrente em outros longas dessa lista. O diferencial aqui é o quão atual as questões levantadas são, para um filme de 1980.

Que Horas Ela Volta?

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Esse é um unidor de mundos. Até quem não suporta o programa “Esquenta!” simpatizou com a Regina Casé que no filme interpreta Val, uma pernambucana que se mudou para São Paulo (de novo!), deixando sua filha em sua terra natal. Bom equilíbrio entre humor (zoando gente rica que porventura viu o filme nos cinemas) e drama. Recente mente, “Que Horas Ela Volta?” levou 7 troféus no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Amarelo Manga

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Dirigido por Cláudio Assis, Amarelo Manga chegou a ser premiado pelo seu baixíssimo orçamento de 500 mil reais. O filme aborda a história dos brasileiros em geral sob a ótica de moradores pobres do Recife. O filme se diferencia por mostrar a miséria de forma crua, numa estética onde os pobres não são as vítimas, mas sim uma consequência do que há de pior no país.

Estômago

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Esse merecia um maior destaque. Estômago conta a história de Raimundo Nonato (João Miguel), (mais um) migrante que chega a São Paulo em busca de trabalho, onde aprende a profissão de cozinheiro, mas ao mesmo tempo acompanhamos a rotina de Nonato na cadeia! Típico filme que renderia um Oscar caso fosse produzido em Hollywood e protagonizado por feras como Al Pacino ou Robert De Niro.

Aquarius

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Esse deu o que falar devido ao clima político nacional, depois do impeachment (ou golpe) da presidenta Dilma Rousseff. Chegou ao ponto absurdo da Veja incentivar um boicote ao filme, como se isso fosse possível nas já ridícula venda de ingressos quando o assunto é filme nacional. É um novo clássico nacional, onde Sônia braga vive uma mulher que enfrenta as investidas de uma construtora que tem outros planos para o lugar onde ela vive: demolir o Aquarius e dar lugar a um novo empreendimento.

Cine Hollyúdy

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Pra quebrar a tensão, uma comédia! Cine Holliúdy fez o seu sucesso nos cinemas mesmo com poucas salas. No filme, Francisgleydisson é proprietário do Cine Holiúdy, pequeno cinema na décade de 70, que vê seu negócio ameaçado pelas novas formas de entretenimento da época. Brinca com o jeito de ser do cearense (CosmoNerd feelings).

A Máquina

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Dirigido por João Falcão, A Máquina (2006) faz críticas aos formatos dos filmes de cinema. A trama gira em torno de Antônio, habitante de Nordestina, uma cidade pequena que sequer existe no mapa e seus moradores vão indo embora em busca do “mundo”. Mariana Ximenes está no elenco.