Recentemente, a Netflix adicionou em seu catálogo a animação Sem Maturidade Para Isso (Close Enough), produção da Cartoon Network Studios e distribuída nos Estados Unidos pela HBO Max.
A história da série acompanha a relação do casal Emily (Gabrielle Walsh) e Josh (J.G. Quintel), e sua filha Candice (Jessica DiCicco). Para pagar a escola da filha, o pais dividem a casa com os amigos Alex (Jason Mantzoukas) e Bridgette (Kimiko Glenn), e toda essa dinâmica bagunçada dá ar ao surreal na série.
Pensando nisso, criei essa listinha com cinco itens para convencer você a amar e se identificar com a animação. Bora lá?
A série é de J. G Quintel, criador de “Apenas um Show”
Quando vi a divulgação de Sem Maturidade Para Isso na Netflix, logo reconheci os traços da animação, e fiquei super empolgada em dar uma chance para a animação. Mas, caso isso não te convença, então bora para o resto da lista.
O desenho tem conteúdo nonsense
Os episódios são regados de absurdos e disparates, ao mesmo tempo em que se baseia no cotidiano de personagens totalmente fora da caixinha. E há a possibilidade de identificação naquelas histórias contadas, ao mesmo tempo em que você se diverte com as alegorias do desenho (que são MUITAS).
É feito para os jovens adultos
Aqui você vai ter um seriado baseado em expectativas e realidades dos adultos que já têm ou que vão completar seus 30 anos de idade. As frustrações são muito bem trabalhadas, ao ponto de nos identificarmos com elas (estou pensando que assim como eu, você também se encontra nessa fase). E isso poderia me deixar incomodada, mas o desenho possui uma pegada leve e divertida de se lidar com isso, criando a possibilidade de uma reflexão como: “ok, eu não sou o que desejei ser aos 18 anos, mas tenho tanta coisa massa conquistada até aqui”. E aquele soco de realidade que a série poderia me apresentar acaba sendo uma oportunidade para entender quem sou hoje, de uma forma bem mais leve.
Então já deixo claro aqui que se você ainda não é um jovem adulto pagante de boletos, talvez o humor não te atinja tanto. Caso você seja, então simbora para o terceiro ponto.
Ter 30 anos não é o fim do mundo
Sim! A série me apresentou isso, te juro. Em alguns episódios você vê que os personagens se divertem com os amigos, saem, namoram, criam momentos mirabolantes e são pais super presentes. Por mais que a filha tenha sido uma passagem de maturidade para Emily e Josh, eles ainda conseguem reviver suas juventudes e vicissitudes de suas histórias.
Okay, tem bastante reflexão do “mas eles abriram mão de muita coisa, não são os mesmos”. Mas não somos os mesmos que éramos até ontem, então é impossível voltarmos ao ponto inicial de nossas vidas. Você consegue assistir o presente deles e ver que há possibilidades da reinvenção do casal e dessa família que foge dos padrões esperados pelo tradicional.
Representação da nova família 2020
Sim, aqui você vai ver uma família dinâmica. Uma que está mais próximo da gente do que essa ideia estruturada da família tradicional. O que é louco, pois a história da civilização mostra que essa estrutura não existe, pois a família está sempre em movimento e é plural. Então, esqueça a estrutura e se atenha ao que você enxerga perto de ti. Eu mesma consigo me encaixar nessa que o Sem Maturidade Para Isso me mostra, pois estou “quebrada”, pago boletos e não sou o que achava que seria quando nova. Mas está tudo bem, também. Contanto que eu esteja cercada de pessoas que possuo afeto e a dinâmica seja recíproca. A gente vai se adaptando ao que é apresentado a nós e assim, senhoras e senhores, caminha a humanidade.