O filme argentino Homo Argentum (2025) se tornou um dos lançamentos mais comentados do ano, tanto por seu formato de antologia quanto pela atuação multifacetada de Guillermo Francella, que interpreta diversos personagens ao longo da trama. A produção ganhou repercussão nacional e internacional não apenas pelo humor ácido e pela crítica social, mas também pela forte politização que cercou sua exibição na Argentina. A seguir, confira alguns fatos e curiosidades que ajudam a entender os bastidores e o impacto cultural do longa.
1. Guillermo Francella interpreta 16 personagens diferentes em Homo Argentum
O grande destaque do filme está na versatilidade de Francella, que assume 16 papéis ao longo da antologia. Essa construção de múltiplas identidades exigiu preparação diferenciada, já que cada personagem apresenta características, vozes e gestos próprios. A performance múltipla se tornou um dos principais atrativos da obra.
2. O filme se tornou um grande sucesso de bilheteria na Argentina
Antes mesmo de chegar ao Brasil, Homo Argentum já havia se consolidado como um fenômeno comercial em seu país de origem. O formato episódico e o humor crítico atraíram um público amplo, tornando o filme um dos maiores sucessos dos diretores Mariano Cohn e Gastón Duprat.
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3. Homo Argentum gerou forte politização após ser exibida pelo presidente Javier Milei
O presidente argentino Javier Milei exibiu o filme para aliados políticos, alegando que o longa ilustrava sua crítica à chamada “cultura woke”. Isso intensificou o debate sobre a mensagem da obra e levou Homo Argentum a ser interpretado como parte da disputa ideológica que marca o cenário político argentino contemporâneo.
4. O filme se tornou recordista de merchandising no cinema argentino
Devido ao enfraquecimento do financiamento estatal do INCAA, os diretores recorreram a marcas privadas para viabilizar a produção. Como resultado, Homo Argentum passou a incluir uma quantidade incomum de inserções publicitárias, tornando-se um dos filmes argentinos com maior presença de merchandising em tela.
5. O humor de Homo Argentum lembra esquetes de internet, mas com roteiro mais estruturado
Os contos de Homo Argentum foram comparados a esquetes populares de canais como Porta dos Fundos, especialmente pelo tom de sátira social e crítica ao comportamento cotidiano. No entanto, o roteiro apresenta maior sofisticação narrativa, conectando os contos por meio do olhar cômico e observador de Francella.