A Grande Inundação (2025) Crítica, fatos e curiosidares do Filme Coreano da Netflix A Grande Inundação (2025) Crítica, fatos e curiosidares do Filme Coreano da Netflix

5 Fatos de A Grande Inundação, estreia coreana da Netflix

A produção sul-coreana A Grande Inundação (2025) marca mais uma aposta da Netflix em filmes de alto conceito vindos da Coreia do Sul. Misturando catástrofe climática, ficção científica e drama humano, o longa dirigido por Byung-woo Kim chama atenção não apenas pela proposta narrativa, mas também por escolhas criativas e bastidores pouco convencionais. A seguir, reunimos cinco fatos e curiosidades que ajudam a entender melhor o filme e seu processo de criação.

1. O filme A Grande Inundação nasceu como um projeto de ficção científica, não de desastre

Embora a divulgação destaque A Grande Inundação como um filme-catástrofe, a ideia original de Byung-woo Kim não era fazer um longa focado apenas na destruição. O roteiro surgiu a partir de reflexões sobre inteligência artificial, memória emocional e reconstrução da humanidade após um colapso global. O desastre natural foi incorporado depois, como um dispositivo narrativo para colocar os personagens sob pressão extrema e acelerar decisões éticas.

2. A água foi escolhida como símbolo central desde a primeira versão do roteiro

Diferente de outros filmes de desastre que usam a água apenas como ameaça, A Grande Inundação trabalha o elemento como símbolo narrativo. No roteiro, a água representa nascimento, vínculo materno e repetição. Essa escolha orientou desde a fotografia até o desenho de produção, influenciando cenários, objetos recorrentes e até movimentos de câmera em cenas íntimas entre mãe e filho.

3. O personagem Ja-In exigiu efeitos visuais discretos, não chamativos

Apesar de envolver conceitos avançados de biotecnologia, o filme opta por efeitos visuais quase invisíveis para construir Ja-In. A equipe evitou marcas digitais evidentes para preservar a aparência natural da criança. A intenção era que o público se conectasse emocionalmente com o personagem antes de perceber sua verdadeira natureza, reforçando o impacto das revelações do terceiro ato.

4. O diretor buscou inspiração em dramas humanos, não em blockbusters

Byung-woo Kim declarou em entrevistas que suas principais referências para A Grande Inundação não vieram de grandes produções hollywoodianas de catástrofe, mas de dramas centrados em relações familiares. O objetivo era que o filme funcionasse mesmo sem o espetáculo visual, sustentado pela relação entre An-Na e Ja-In e pelos dilemas morais impostos ao longo da narrativa.

5. O final de A Grande Inundação foi escrito para permanecer deliberadamente aberto

A cena pós-créditos e as ambiguidades do desfecho não são fruto de cortes ou interferências do estúdio. Desde as primeiras versões do roteiro, o diretor planejou um final que levantasse mais perguntas do que respostas. A intenção era estimular múltiplas interpretações sobre o destino da humanidade, a natureza da realidade apresentada e a possibilidade de continuidade desse universo em novos projetos.