A história real de Christopher McCandless, jovem que abandonou a vida convencional para buscar liberdade no coração do Alasca, continua a intrigar e emocionar mais de três décadas depois. Imortalizada no livro de Jon Krakauer e adaptada por Sean Penn no filme Na Natureza Selvagem (Into the Wild, 2007), disponível na Netflix, sua trajetória reúne idealismo, desafios extremos e uma reflexão sobre os limites da solidão. A seguir, reunimos fatos e curiosidades sobre o verdadeiro Christopher McCandless, sua jornada e os bastidores da obra que levou sua história ao cinema.
1. A inspiração literária de Christopher McCandless
Christopher McCandless foi profundamente influenciado por escritores como Henry David Thoreau, Jack London e Leo Tolstói, que defendiam uma vida simples, livre de excessos materiais. Esses autores moldaram sua visão de mundo e influenciaram sua decisão de viver isolado.
2. O apelido “Alexander Supertramp”
Durante sua jornada, McCandless abandonou seu nome verdadeiro e passou a se apresentar como “Alexander Supertramp”, refletindo seu desejo de se distanciar da sociedade e viver como um andarilho.
3. Doação de dinheiro
Antes de desaparecer da vida convencional, Chris doou suas economias de cerca de 24 mil dólares para a instituição de caridade Oxfam, que atua no combate à fome.
4. O icônico ônibus mágico 142
O famoso “ônibus mágico” encontrado por Chris no Alasca era um antigo veículo usado como abrigo por trabalhadores da região. Ele se tornou o lar temporário de McCandless e, após sua morte, um ponto de peregrinação para fãs da história.
5. A causa da morte
McCandless morreu em agosto de 1992, aos 24 anos, provavelmente em consequência de desnutrição agravada pelo consumo de sementes venenosas de uma planta chamada Hedysarum alpinum. Seu corpo foi encontrado por caçadores semanas depois.
6. O diário de viagem
Grande parte do que se sabe sobre seus últimos meses vem do diário que ele manteve no ônibus, no qual descrevia suas experiências e dificuldades com poucas palavras por dia.
7. A família de Chris
O jovem tinha uma relação conflituosa com os pais, William e Billie McCandless. Segundo relatos, ele rejeitava o estilo de vida materialista da família e isso influenciou sua decisão de se afastar.
8. Na Natureza Selvagem: o livro que originou o filme de história real
A história ganhou destaque mundial com o livro “Into the Wild” (1996), do jornalista e montanhista Jon Krakauer, que reuniu informações do diário de Chris e entrevistas com pessoas que cruzaram seu caminho.
9. Sean Penn lutou anos pelo filme Na Natureza Selvagem
O diretor Sean Penn queria adaptar a obra para o cinema desde a década de 1990, mas a família McCandless só autorizou o projeto mais de dez anos depois da morte de Chris.
10. Emile Hirsch perdeu muito peso para o papel
O ator Emile Hirsch se entregou completamente ao personagem, chegando a perder mais de 18 quilos para retratar o estado debilitado de McCandless em seus últimos dias no Alasca.
11. Filmagens de Na Natureza Selvagem no Alasca
Parte do filme foi rodada no próprio local onde Chris viveu, incluindo o verdadeiro ônibus. Isso trouxe ainda mais autenticidade à produção.
12. O reconhecimento de Hal Holbrook
Hal Holbrook, que interpreta o idoso Ron Franz no filme Na Natureza Selvagem, recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação — a única do longa.
13. A trilha de Eddie Vedder
Sean Penn convidou Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, para compor a trilha sonora original. O álbum rendeu elogios e ajudou a consolidar a atmosfera introspectiva da obra.
14. O destino do ônibus mágico 142
Devido ao risco que representava para visitantes, o governo do Alasca removeu o ônibus em 2020. Ele foi transportado para um museu em Fairbanks, onde pode ser visitado de forma segura.
15. A mensagem final de Na Natureza Selvagem
Pouco antes de morrer, Chris escreveu em uma nota que deixaria registrada a principal lição de sua vida: “A felicidade só é real quando compartilhada”. Essa frase se tornou símbolo de sua jornada e também da reflexão central do filme.