

The Witcher – A Casa de Vidro | Review
“Ser um Witcher é como uma maldição. Ou...quase isso. Por natureza, temos bem poucos amigos.”
Desconheço os livros de Andrzej que contam a epopeia desse ser arcano, mas o misticismo sempre é algo interessante, ainda mais os mitos e folclores em geral nessa sombria abordagem no leste europeu, e é por isso que a HQ logo chama a atenção. Primeiramente pelo belo trabalho da Pixel, em entregar um lindíssimo encadernado de luxo e um trabalho editorial competente, incluindo conteúdo extra para entendermos o trabalho de criação visual de uma obra como essa, além de pin ups de artistas bem consagrados, como Simon Bisley e Mike Mignola.
Tudo é bem trabalhado no roteiro de Paul Tobin. Na trama acompanhamos o Bruxo Geralt encontrando um caçador solitário chamado Jakob. Ele é um viúvo e sua amada foi morta e amaldiçoada por um grupo de Bruxae, que tomou sua amada e a transformaram numa de sua espécie. No decorrer da trama, o Amuleto do Bruxo (um artefato que sempre informa a Geralt quando coisas místicas e estranhas estão a sua volta) faz com que ele aceite a companhia do solitário Caçador, e acabem dando de cara com uma casa cheia de mistérios e maldições. A tal casa de vidro. Novos conceitos são apresentados onde nem tudo é branco ou preto, o verdadeiro mal pode vir de onde menos suspeitamos e o amor pode ser desvirtuado e transformado na maior das maldições.
Ao entrar neste mundo criado por Andrzej SapKowski entrei em território completamente desconhecido, como um aventureiro sem saber o que a jornada poderia me apresentar. E mesmo sem nenhum background do personagem, a leitura foi muito fluida e agradável, trazendo uma vontade de conhecer mais desse personagem, suas motivações, seu passado e o que o levou a se transformar no que é.
A Pixel já lançou o segundo volume, The Witcher – Os Filhos da Raposa, aumentando assim minha curiosidade e me fazendo querer não só ler os livros, mas começar inclusive a jogar os jogos e consumir cada vez mais desse mundo bizarramente interessante e desvendar seus mistérios.
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