Talvez os animais possam nos dizer o que é ser humano
Nós, humanos, achamos que somos o máximo. Mas o que temos feito com o nosso mundo? SÓ OS ANIMAIS SALVAM é um livro que tenta responder a essa pergunta de maneira inusitada. Cada um de seus contos é uma fábula moderna — narrada pela alma de um animal envolvido em mais um dos incontáveis conflitos e guerras humanas ao longo do último século — e suas espantosas e formidáveis histórias de vida e morte.
Em uma trincheira na Frente Ocidental durante a Primeira Guerra, um gato recorda as façanhas teatrais de sua proprietária, a escritora, atriz, jornalista e mímica Colette. Um cachorro busca pela Iluminação budista durante a Alemanha nazista. Uma tartaruga russa que pertenceu a família de Tolstói acaba parando nas mãos de Virginia Woolf na Londres sob os bombardeios alemães na Segunda Guerra, antes de acabar na casa de George Orwell na época em que ele escrevia A Revolução dos Bichos e, mais tarde, participar da corrida espacial durante a Guerra Fria. Um urso faminto à beira da morte narra contos de fadas no cerco a Sarajevo, durante a guerra que desmantelou a Iugoslávia nos anos 1990. Um golfinho enviado ao Iraque pela Marinha americana escreve uma carta para a escritora Sylvia Plath…
Escrito de maneira primorosa, ao mesmo tempo divertida e comovente, SÓ OS ANIMAIS SALVAM é uma notável façanha literária de uma das vozes mais interessantes da literatura contemporânea australiana.
Um formidável ponto de vista animal de nós, humanos, no que temos de pior, de mais violento e brutal, mas também de melhor, com nossa imaginação, criatividade, afeto e superação. Em meio ao caos, os animais conseguem encontrar esperança e inspiração em uma das atividades mais significativas que nossa espécie já criou: a literatura.
Ceridwen Dovey reúne fragmentos e personagens da obra de escritores imortais e nos faz sonhar o sonho dos inocentes. SÓ OS ANIMAIS SALVAM nos convida a questionar e procurar nosso caminho de volta à empatia, não apenas para com os animais, mas também com as outras pessoas. E a acreditar, uma vez mais, no poder e na força de redenção que apenas a ficção e a leitura têm nos mostrado ser capaz de alcançar.