The Shape of Things: um relaxante “cubo mágico”

Eu nunca fui muito fã de montar cubo mágico, nem mesmo quando criança. A ideia de aprender os passos corretos e repetir eles sempre nunca foram algo que eu achei divertido. Mas quando The Shape of Things veio como uma proposta de expandir o conceito do famoso Cubo de Rubik, mas com objetos do dia a dia, o jogo facilmente chamou a minha atenção. A ideia é visitar pequenos mundinhos com objetos que estão quebrado, e sua missão é remontá-los, observando suas formas e cores para saber como posicionar cada pedaço.

The Shape of Things

Diferente de um cubo mágico normal, tanto os objetos quanto os pedaços que os formam são feitos de formas completamente malucas, como se alguém tivesse fatiado esse vaso de planta ou aquela câmera fotográfica. Além disso, cada pedaço interage de uma (de 3) maneira distinta: rotacionando em torno de um eixo, deslizando por um plano ou aumentando/diminuindo seu tamanho. Tudo é feito usando o mouse com controles bem simples e funcionais.

Entretanto, em algumas rotações e dependendo do seu ângulo de visão, alguns movimentos podem ser bem contraintuitivos. É fácil de pensar como esse jogo vai estar disponível para smartphones em breve, já que os controles parecem tão perfeitos para jogar em uma tela de toque, por exemplo.

The Shape of Things

A apresentação pode ser um pouco confusa, principalmente de objetos mais complexos, já que não há uma indicação clara de como interagir com cada objeto. Mesmo assim, cada fase de The Shape of Things não passa de dez pedaços, então com um pouco de tentativa e erro é fácil encontrar onde cada peça deveria ficar e como fazê-la chegar lá.

Algumas fases também pedem uma precisão bem grande no encaixe das peças, o que pode ser um pouco frustrante — perdi a conta de quantas vezes eu fiquei remexendo nos pedaços até achar o centímetro que faltava ficar no lugar. A progressão do jogo, feita por meio de conjuntos lineares de fases desbloqueadas numa máquina de gachapon, é interessante, mas complicada caso você trave em uma das fases, principalmente pela falta de paciência em encaixar tudinho no lugar como o jogo quer.

Mesmo com todos esses pequenos problemas, a experiência de jogar The Shape of Things é bem relaxante. O ambiente do jogo é bem aconchegante, do visual cartoon às músicas que ficam de fundo, por mais que nada vá ficar na memória por tanto tempo. Os conjuntos temáticos de cada cápsula são sempre legais de apreciar, assim como as referências que aparecem de tempos em tempos (sim, eu vi essa ocarina azul quebrada em forma de Triforce, viu?).

O jogo funciona muito bem como um cubo mágico mesmo, que você deixa em cima da mesa quando quer passar o tempo. É bonitinho, é divertido, tem seus problemas, mas ajuda a se distrair e relaxar um pouco. Acho que ele vai ficar na minha área de trabalho por mais um tempinho.

The Shape of Things está disponível para PC na Steam.

*Uma cópia do jogo foi gentilmente cedida ao CosmoNerd pelos desenvolvedores para a produção deste texto.