Night In The Woods | REVIEW

Com visual cartunesco, Night In The Woods é o tipo de jogo que diverte e ensina!

Night In The Woods conta a história de Mae Borowski, que volta para a cidade de mineração de Possum Springs em busca de retomar sua antiga vida e reconectar-se com os amigos que deixou para trás. Mas as coisas não são as mesmas. Tudo parece diferente agora que eles cresceram. As folhas estão caindo e o vento está ficando mais frio. Coisas estranhas estão acontecendo à medida que a luz se esvai.

Os elementos atrativos em Night In The Woods

Há vários momentos onde Night in the Woods troca de gênero em meio a gameplay, em momentos ele é pega vários elementos de visual novels, mas tem aquela pega de jogos de plataforma com um ótimo level design, se não bastasse isso também é claramente um jogo de aventura.

E tudo isso em meio a um jogo sobre a vida, o nosso cotidiano, leve e repleto de humor, porém sem medo algum de mostrar como podemos enfrentar situações difíceis, inesperadas e até inevitáveis.

Momentos são tudo em Night in the Woods. Pequenos ou grandes, eles moldam o jogo constantemente durante a aventura. O roteiro começa simples, a protagonista Mae Borowski volta a sua cidade natal depois de largar a faculdade, ao decorrer do inicio do jogo você percebe que claramente algo de errado aconteceu com Mae nesse tempo que ela ficou fora. Em um encontro com seu melhor amigo de infância em um ensaio de uma banda de garagem é quando nós conhecemos o elenco principal composto por Greig, Bea e Angus.

Se reunir com velhos amigos, sair pra uma comer uma pizza, ir a uma festa e ficar bêbado demais e fazer besteira. Tudo isso vai montando um sentimento de apego entre o jogador e os personagens dessa história que mal começou e já cativa demais.

Um roteiro mundano e atrativo.

E incrível como Night in the Woods valoriza o comum, uma conversa, uma discussão boba, pequenos momentos que podem mudar sua perspectiva sobre alguns aspectos da vida e tudo isso é feito sem ser forçado, sem nada desnecessário, tudo se encaixa perfeitamente. Os diálogos soam reais e se tornam um elemento vivo em meio ao jogo, com humor seco e inteligente onde as piadas são sempre bem encaixadas. É fácil se identificar com os personagens quando algo está dando errado e alguém tenta fazer uma brincadeira pra aliviar o clima.

A imersão é tamanha que em certos momentos é fazer escolhas que parecem certas, como tentar concertar uma briga entre Mae e sua mãe ou quando fazemos tudo para ganhar a confiança de uma velha amiga. Night in the Woods passeia em entre temas leves e pesados de forma natural. É um jogo que tenta mostrar o lado bom da vida, a importância das amizades, sem medo de mostrar o lado mais real das coisas, tratando de ansiedade, depressão e aquelas situações que acabam fugindo do nosso controle.

O gancho que segura os jogadores em Night In The Woods.

O primeiro ato do jogo é leve e vago, condizendo com a situação de Mae. Já no segundo as coisa avançam e você conhece mais a cidade e seus problemas, ficando mais intimo das pessoas ao seu redor. Várias vezes o jogo muda sua perspectiva inicial de visual novel pra algo mais parecido com jogos de plataforma, como no ensaio da banda, lembrando o saudoso Guitar Hero e em outros momentos você se pega explorando os sonhos bizarros e macabros de Mae, que por sua vez estão interligados com a conclusão do jogo.

A conclusão e a sensação de satisfação

E se não bastasse tudo isso, o visual em Night In The Woods é incrível, Scott Benson e sua equipe mostram com maestria como pequenos efeitos, sensações e emoções, quando expressadas de maneira correta, deixam o jogo cada vez mais profundo e inesquecível. Muito trabalho duro e carinho foram colocados no desenvolvimento do projetoo que torna o jogo muito atrativo. A trilha sonora de Alec Holowka é pontuada e incrível, deixando o jogo fluido, são mais de cem músicas compostas pro jogo que funcionam perfeitamente, apesar da quantidade.

Night In The Woods é uma experiencia repleta de momentos maravilhosos, com alguns problemas pequenos que não comprometem, uma daquelas obras que marcam o jogador para sempre.