O 10º Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos anunciou na noite desta quarta-feira os filmes premiados. O evento, que iniciou em 18 de junho e ocupou 17 espaços (15 em Santos, um em Cubatão e um em São Vicente), foi sucesso de público ao exibir 80 filmes e promover diversas atividades entre lançamentos de livros, exposições, palestras e bate-papos. Na Mostra Nacional de Longas, destaque para Combinaram de nos matar – Nós combinamos de não morrer, que venceu os prêmios de melhor filme pelo júri e pelo voto popular. É a segunda vez que um longa-metragem do diretor Pablo Guelli sai premiado do festival: em 2020 foi premiado como melhor filme do júri com Nossa Bandeira Jamais Será Vermelha. Combinaram de nos matar: Nós combinamos de não morrer trata sobre um vereador de Curitiba que perde o mandato injustamente e decide lutar para recuperar seus direitos políticos. Usando táticas de xadrez que aprendeu na juventude, ele inicia uma jornada que mostra como sobreviver em um país onde a morte de um homem negro ocorre a cada 23 minutos.
Na Mostra Regional, destaque para Bergamota, premiado como melhor curta regional e melhor direção pelo júri. Inspirado em fatos reais, Bergamota, nome que a tangerina recebe no sul do Brasil, fruta de cheiro tão característico e, por muitos, afrodisíaca, irá deflagrar uma noite de sedução, dança sensual, sangue e vingança em uma corriqueira dentro da comunidade LBGTQ, onde nem todos os encontros são casuais.
O festival homenageou a atriz Carol Castro, a diretora Julia Rezende, o cineasta e professor santista Wanderley Camargo e a atriz Bete Mendes. Na abertura, foi exibido o longa-metragem Ainda Somos os Mesmos, de Paulo Nascimento e estrelado por Carol, filme que só estreia em outubro. Também foi exibido o curta Triângulo de Tebas, estreia do ator Luciano Quirino na direção. Sérgio Rezende apresentou seu recente longa Sertão Sertões, Bete, o seu mais recente trabalho, Esta Noite Seremos Felizes, de Diego dos Anjos, e Dandara Ferreira comentou o filme Meu Nome é Gal. Marcelo Santiago representou a LC Produções na homenagem à família Barreto antes da exibição do documentário Barretão e ex-jogadores do Santos Futebol Clube fizeram a apresentação do documentário Isto é Pelé (1974), de Luiz Carlos Barreto e Eduardo Escorel. Aconteceram sessões ao ar livre, exibições acompanhadas por trilha sonora ao vivo, e diversas atividades.
O 10º Santos Film Fest – Festival de Cinema de Santos é realizado com o apoio da Lei Paulo Gustavo, do edital do Estado de São Paulo e de emendas parlamentares de vereadores de Santos, com o suporte da Secretaria Municipal de Cultura de Santos. A produção é do Instituto Cinezen Cultural, que celebra 15 anos de atuação em 2024, com apoio institucional da Universidade Católica de Santos, apoio cultural do Sesc Santos, e apoios de Padaria Nova Princesa, Restaurantes Beduíno e Cantina Di Lucca, Rizzieri Eventos, Paris Filmes e Maurício de Sousa Produções. A direção fica a cargo dos produtores André Azenha e Paula Azenha.
MOSTRA REGIONAL – BAIXADA SANTISTA
– Melhor Roteiro de Curta-Metragem Baixada Santista – Júri
Chico Voltou Só (2023), de Douglas Gadelha, 6 minutos, Cubatão/SP
– Melhor Filme de Curta-Metragem Baixada Santista – Voto Popular
Eu Sou da Vila Margarida (2023), de Cesar Freire, Ed Siqueira, Vitor Donizete, 14 minutos, Santos/São Paulo
– Melhor Filme de Curta-Metragem Baixada Santista – Júri
Bergamota(2023), de Hsu Chien, 15 minutos, Santos/SP
– Melhor Direção de Curta-Metragem Baixada Santista – Júri
Hsu Chien, de Bergamota (2023), 15 minutos, Santos/SP
– 2º maior nota do júri – bolsa Unisantos
Chico Voltou Só (2023), de Douglas Gadelha, 6 minutos, Cubatão/SP – *o primeiro colocado na categoria abriu mão da bolsa
MOSTRA DE ANIMAÇÃO
– Melhor Filme de Curta-Metragem de Animação – Júri
Lagrimar (2024), de Paula Vanina, 14 minutos, Natal/Rio Grande do Norte
– Melhor Direção de Curta-Metragem de Animação – Júri
Cecilia Silva Martinez, de Coaxo (2023), de, 5 minutos, Pelotas/RS
– Menção Honrosa de Curta-Metragem de Animação – Júri
Maré Braba (2023), de Pâmela Peregrino, 7 minutos, Porto Seguro e Fortaleza/BA e CE
MOSTRA NACIONAL DE LONGA-METRAGEM
– Melhor Filme de Longa-Metragem Nacional – Júri
Combinaram de nos matar – Nós combinamos de não morrer (2024), de Pablo Guelli, 85 minutos, São Paulo/SP
– Melhor Direção de Longa-Metragem Nacional – Júri
Estranho Caminho (2023), de Guto Parente, 83 minutos, Fortaleza/CE
– Menção Honrosa Longa-Metragem Nacional – Júri
Praia da Saudade (2024), de Sinai Sganzerla, 78 minutos, São Paulo/SP
– Melhor Filme de Longa-Metragem Nacional – Voto Popular
Combinaram de nos matar – Nós combinamos de não morrer (2024), de Pablo Guelli, 85 minutos, São Paulo/SP
– Menção Honrosa de Longa-Metragem Nacional – Júri – Resgate Histórico
Ópera Cabaré Casa Barbosa (2023), de Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques, 89 minutos, São Paulo/SP
MOSTRA NACIONAL DE CURTA-METRAGEM
– Melhor Filme de Curta-Metragem Nacional – Voto Popular
Plural (2024), de Patricia Travassos, 25 minutos, São Paulo/SP
– Melhor Filme de Curta-Metragem Nacional – Júri
Plural (2024), de Patricia Travassos, 25 minutos, São Paulo/SP
– Melhor Direção de Curta-Metragem Nacional – Júri
Fabrício Basílio, de Viventes (2024), Niterói/RJ
– Menção Honrosa Filme de Curta-Metragem Nacional – Júri
Buraco de Minhoca (2024), de Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques, 13 minutos, Salvador/BA
– Menção Honrosa Sustentabilidade de Curta-Metragem Nacional – Júri
Cores Queimam (2024), de Felippy Damian, 9 minutos, Poconé/MT
MOSTRA HUMANIDADES DE CURTA-METRAGEM
– Troféu Humanitário – Melhor Filme de Curta-Metragem – Júri
Notas de Yakecan (2024), de André Moura, 24 minutos, Crateús e Fortaleza/Ceará
– Troféu Humanitário – Melhor Direção de Filme de Curta-Metragem – Júri
Das Águas (2023), de Adalberto Oliveira e Tiago Martins Rêgo, 17 minutos, Recife/PE
– Troféu Humanitário – Menção Honrosa Curta-Metragem – Júri
Movimentos Migratórios (2024), de Rogério Cathalá, 14 minutos, Salvador/BA
MOSTRA HUMANIDADES DE LONGA-METRAGEM
– Troféu Humanitário – Melhor Filme de Longa-Metragem – Júri
Paulo e Eliana (2023), de Neide Duarte e Caue Angeli, 77 minutos, São Paulo/SP
– Troféu Humanitário – Melhor Direção de Longa-Metragem – Júri
Neide Duarte e Caue Angeli, de Paulo e Eliana (2023), 77 minutos, São Paulo/SP
– Troféu Humanitário – Menção Honrosa Longa-Metragem – Júri
A Estética da Luta (2022), de Guillermo Planel, 85 minutos, Rio de Janeiro/RJ