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Coringa | As influências de Scorsese no filme estrelado por Joaquin Phoenix

A DC/Warner já fez muita cagada nos cinemas. Mas pelo que apontam os ventos vindos de Veneza, vem coisa boa por aí. O Festival de Cinema da cidade foi escolhido para revelar ao mundo o novo filme do Coringa de Todd Phillips (Cães de Guerra) e, pelos comentários que vieram de lá, o bagulho é LOOCO!

Pois bem, como já vinha sendo apontado, o longa de Phillips bebe muito na fonte de alguns filmes do diretor Martin Scorsese. Audacioso o rapaz! Você conhece essas obras que inspiraram o filme solo do Palhaço do Crime? Basicamente, duas delas são as principais fontes de inspiração da nova produção. E se você não as conhece, tá bom de começar a fazer o dever de casa.

O Rei da Comédia

Comediante que, diante de expectativas frustradas, começa a cometer atos de insanidade. Isso te faz lembrar alguém? O Coringa da Graphic Novel Batman: A Piada Mortal (também utilizada como material para o novo filme) é esse cara. Rupert Pupkin (Robert De Niro) também. Pupkin é o protagonista de O Rei da Comédia (1982), um cidadão que tenta de tudo para ser reconhecido. A desejo inquietante pelo reconhecimento frente a indiferença dos outros faz com que esse homem aparentemente normal perca sua lucidez.

Desde que Coringa foi anunciado, as informações eram de que ele teria evidente inspiração na obra de Scorsese que, em determinado momento, chegou a ser sondado para envolver-se com o longa. Isso não aconteceu, mas Phillips agarrou o oportunidade e fez de seu filme um sombrio estudo de personagem, mostrando até onde um homem pode ir depois de acreditar que a sociedade lhe deu as costas.

Enquanto Pupkin acaba revelando-se uma figura patética, a abordagem desse novo Coringa parece ser toda construída para criar com o espectador uma certa empatia. O que deve ser quebrado em algum momento diante da loucura totalmente desvairada do vilão da DC.

Taxi Driver

Se O Rei da Comédia traz afinidades evidentes com o filme solo do Coringa, é outra produção scorsesiana que parece fazer uma rima ainda mais significante com a psicopatia do Palhaço do Crime.

A gente sabe que a vida pode surtar qualquer um. Isso foi o que aconteceu com Travis Bickle em Taxi Driver (1976). O personagem de Robert De Niro (mais uma vez De Niro, que certamente não está em Coringa à toa) é um ex-fuzileiro que se torna taxista, trabalhando durante as noites na cidade de Nova York. Vivendo uma vida introspectiva, Travis tece silenciosamente suas conclusões sobre como enxerga tudo à sua volta. À medida que sua repulsa pela sociedade vai crescendo, o motorista de táxi alimenta seu monstro interior.

Essa jornada psicológica certamente também foi inspiração para Todd Phillips. Arthur Fleck (o Coringa interpretado por Joaquin Phoenix) é outra pessoa que também tem gradativamente sua sanidade abalada. Sentindo-se cada vez mais à margem, com todos o olhando de cima pra baixo, a loucura acaba sendo sua válvula de escape. Ambos os personagens tornam-se homens em ebulição, frutos da mesma árvore, a um passo de explodir diante do cotidiano que os cercam.

Mas diz aí, qual a sua expectativa para o filme one-shot do Coringa? Acha que será o filme do ano? Oscar pra Joaquin Phoenix? Sinta-se à vontade pra comentar. A casa é sua, colega!

Coringa estreia dia 3 de outubro nos cinemas.

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