O Troll da Montanha 2: O Que Esperar da Sequência na Netflix

Com a confirmação de que O Troll da Montanha terá uma sequência — dirigida novamente por Roar Uthaug e com parte do elenco original de volta — o público já se prepara para ver quais rumos narrativos a franquia vai tomar. A seguir, estão alguns dos principais caminhos narrativos que O Troll da Montanha 2 parece prometer, com base nos teasers, sinopses oficiais e nos elementos deixados em aberto pelo primeiro filme.

1. Escopo ampliado: mais monstros, mais caos

O trailer e a descrição oficial já avisam: “um novo e perigoso troll desperta e aterroriza a Noruega”. No primeiro, o foco era o troll “rei” preso em Dovre e o dilema entre destruí-lo ou tentar entendê-lo. Em O Troll da Montanha 2, o escopo parece ir além — novas criaturas, mais destruição e, possivelmente, múltiplos pontos de conflito. Isso abre duas pistas narrativas interessantes:

  • A possibilidade de alianças internacionais ou interinstitucionais (já que o monstro parece ter uma escala maior).

  • A introdução de legado ou linhagem de trolls – ou seja, não apenas o “rei” isolado, mas uma comunidade ou espécie que reage à humanidade.

2. Mergulho mais profundo na mitologia norueguesa

O primeiro filme usou elementos da mitologia — sinos de igreja, luz solar petrificando trolls, camadas históricas de cristianização e mitos antigos. Na sequência, espera-se que esse elemento seja ampliado. A descrição oficial aponta para “mergulhar na história antiga do país” em busca de respostas.
Narrativamente, isso pode significar:

  • Exploração de outros locais míticos além de Dovre — talvez regiões remotas da Noruega ou ruínas ancestrais.

  • Revelações sobre origem dos trolls, sua relação com o folclore, consequências da cristianização ou da industrialização.

  • Um enredo com mais camadas de identidade cultural e ambiental, onde o monstro não é apenas vilão, mas reflexo de práticas humanas — mineração, destruição ecológica, esquecimento mitológico.

3. Heróis familiarizados, ameaças novas

Retornam os personagens centrais: Ine Marie Wilmann (Nora), Kim Falck (Andreas) e Mads Sjøgård Pettersen (Capitão Kris). Com isso, esperam-se dois desenvolvimentos narrativos:

  • Evolução dos personagens: após os eventos traumáticos do primeiro filme, como Nora e companhia lidam com a fama, a culpa ou a responsabilidade de terem enfrentado algo gigantesco?

  • Introdução de novos aliados e antagonistas: o trailer indica “allegiances que você não esperaria” — o que pode significar personagens com motivações ambíguas, talvez operando entre o humano e o monstruoso.
    Dessa forma, o enredo pode abrir para dilemas morais mais complexos: não só “como parar o monstro?”, mas “qual o custo de pará-lo?”.

4. Dimensão ambiental e simbólica mais acentuada em O Troll da Montanha 2

O primeiro “Troll” já trazia a ideia de que o monstro era a resposta da natureza (ou de mitos antigos) à intervenção humana — perfuração de montanhas, exploração de terras, ignorar sinais do passado.
Em “Troll 2”, com o escopo ampliado e a mitologia aprofundada, esse tema pode ganhar mais força:

  • A destruição causada pelo troll pode refletir práticas humanas que violaram o equilíbrio natural.

  • O Troll da Montanha 2 pode abordar consequências de longo prazo — não só “o monstro aparece”, mas “o que fizemos para provocá-lo?”

  • A metáfora pode se expandir para clima, ecossistemas ou legado cultural negligenciado — criando uma dimensão de reflexão por trás do espetáculo de ação.

  • O Troll da Montanha (2022) - Crítica do filme norueguês disponível na Netflix

5. Conflito moral entre destruição e coexistência

Um dos momentos mais fortes do primeiro filme foi quando Nora optou por não apenas destruir o troll, mas tentar compreendê-lo. O sol que o petrificou tornou-se um símbolo: a vitória humana, sim — mas a que custo?
Em O Troll da Montanha 2, esse conflito interno pode vir mais à tona:

  • A equipe pode ter opções diferentes — destruição em massa (míssil, armas) versus busca por uma solução que preserve o “ser” ou parte de sua história.

  • O novo troll pode trazer características que o tornam menos aniquilável com os métodos anteriores, exigindo inovação narrativa e emocional.

  • O dilema para a protagonista pode ser mais pessoal: ela já conheceu a face da criatura “humanizada” (ou ao menos entendida) e agora confronta a possibilidade de exterminar uma geração inteira ou encontrar outra rota.

6. Gancho para futuras sequências e universo expandido

O primeiro filme terminou com pistas de mais trolls “adormecidos”. Com o anúncio da sequência, é razoável esperar que “Troll 2” não seja o fim, mas parte de uma franquia maior. Narrativamente:

  • O filme pode abrir para novos territórios geográficos além da Noruega — já que a mitologia nórdica se espalha pela Escandinávia.

  • Podem aparecer trolls de diferentes tipos (pedra, gelo, sombra) ou até humanoides híbridos.

  • Pode se montar um arco narrativo em várias partes: descobrir a origem, lidar com a repercussão, reconciliar humanos e trolls ou até redefinir a relação entre ambos.

O que esperar de O Troll da Montanha 2

Em resumo, a sequência promete combinar o que funcionou no primeiro filme — monstro gigante, destruição épica, folclore nórdico — com novos desafios: escopo maior, mitologia mais densa, dilemas éticos mais complexos. A estreia em 1º de dezembro de 2025 no Netflix marca não só uma nova aventura para a protagonista Nora, mas também uma oportunidade para a série explorar temas mais amplos: legado cultural, impacto humano sobre a natureza e a ideia de que o monstro pode, afinal, refletir a humanidade.

Para os fãs da franquia, fica a expectativa: será que veremos um troll “herói”, uma reviravolta maior ou simplesmente um espetáculo ainda mais bombástico? De qualquer forma, o caminho narrativo está aberto — e parece pronto para crescer.