Coprodução entre Brasil, Portugal e França, Raiva estreia nos cinemas dia 07 de março e conta com a direção de Sérgio Tréfaut
Em “RAIVA”, uma coprodução Portugal, Brasil e França, dirigida por Sérgio Tréfaut, que estreia na próxima quinta-feira, dia 07 de março, os campos do Baixo Alentejo, em Portugal dos anos 1950, estão em pauta. Dois assassinatos em uma noite geram suspeitas e dúvidas aos moradores da região. Qual a origem desses crimes?
Baseado no romance “Seara de Vento”, de Manuel da Fonseca, o filme conta a história de uma família de camponeses que luta pelo trabalho e pela dignidade durante a ditadura portuguesa.
O livro Seara de Vento (Manuel da Fonseca) é uma obra muito próxima de Vidas Secas (Graciliano Ramos), que foi adaptada no cinema brasileiro por Nelson Pereira dos Santos. “RAIVA”, de Sérgio Tréfaut, e o clássico Vidas Secas possuem também elementos estéticos fundamentais em comum, como a poderosa fotografia em preto e branco, a secura e a contenção narrativa.
A estreia acontece nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza, São Luis, Porto Alegre, Teresina, Goiânia, Brasília, Aracaju e Palmas. Veja o trailer:
Segundo Tréfaut, a escolha por fazer um filme em preto e branco vem de um gosto pessoal. “Gosto muito do velho cinema mudo. A opção do preto e branco corresponde a uma proposta anti-naturalista, anti-televisiva. A minha experiência no documentário não me leva a fazer ficções realistas. Precisamente o contrário. O depuramento estético e o vazio de ‘Raiva’ têm algo de teatral. Homenagem aos cenários de Cristina Reis na Cornucópia, que tanto admiro. Procurei criar um espaço atemporal, quase mitológico. O Alentejo aqui é também Sul de Itália, Grécia, Síria, Arménia, Espanha, América Latina. Foi este o eco do público em festivais”, revela.
RAIVA foi um dos filmes portugueses mais elogiados pela crítica em Portugal em 2018.