O premiado documentário “Partida”, de Caco Ciocler (“Esse Viver Ninguém Me Tira”), estreia nas plataformas de streaming quinta-feira, dia 18 de junho. O filme estará disponível inicialmente no Now, Vivo Play, Oi Play, Petra Belas Artes à la Carte, Filme Filme e Looke. Posteriormente, entrará em cartaz também no Itunes e no GooglePlay.
O longa estava previsto para estrear nos cinemas brasileiros no primeiro semestre de 2020, mas devido à pandemia de COVID-19, os produtores Beto Amaral e Caco Ciocler, o coprodutor Paulo Vidiz, a produtora Cisma Produções (“Vazante”, “O Banquete”, “Insolação”), a coprodutora Zumbi Post e a distribuidora Pandora Filmes, decidiram lançar o filme direto em VOD, em parceria com o Canal Brasil.
Segundo documentário de Caco Ciocler, “Partida” estreou na 43ª Mostra Internacional de Cinema, em São Paulo, entrando para a lista dos longas mais bem avaliados pelo público da edição. O filme foi exibido no 21º Festival do Rio, como parte da Première Brasil – Mostra Fronteiras, e conquistou quatro prêmios no 14º Fest Aruanda, em João Pessoa: Prêmio Especial do Júri de Melhor Filme, Melhor Som para Vasco Pimentel, Melhor Atriz para Georgette Fadel e Melhor Montagem para Tiago Marinho. A produção também foi selecionada para o 23º Festival de Málaga.
No documentário, diante do resultado da última eleição no Brasil, a atriz Georgette Fadel (“O Banquete”, “As Domésticas: O Filme”) promete se candidatar à Presidência da República em 2022 por um partido formado só por mulheres, o Partida. Embarca em uma viagem de ônibus ao Uruguai na tentativa de passar a virada do ano ao lado do ex-presidente Pepe Mujica, sua maior inspiração política viva. Ainda nos primeiros minutos, esbarra em Léo, empresário com posições políticas bem diferentes das suas. O antagonista inesperado, quem diria, torna-se seu maior parceiro de jornada. Sob a paisagem caminhante, as irreconciliáveis brigas entre a “esquerda” e a “direita”, que dividiam amigos, famílias e o país, serão agora revisitadas num performático jogo entre ficção e documentário. Na companhia de outros viajantes e de um grande amor, a esperança do encontro guiará o sentido utópico de “Partida”.
“Era final de 2018. Um novo presidente acabara de se eleger. Momento de expectativa e esperança para uns, de medo e revolta para outros. O que nos unia, era o abismo diante do qual o país havia rachado, partido. O filme nasce neste momento. Eu tinha vontade de testemunhar algum encontro possível. Seria possível o encontro quando se esgotassem as brigas e os discursos?”, explica o diretor Caco Ciocler, que também é um dos personagens. “Então era preciso produzir um microcosmo, sem escapatória, promover um embate e ver o que dali surgiria. Sempre tive uma admiração imagética pelo Mujica, e um fascínio pela lenda de que morava isolado em um sítio escondido e recebia cordialmente com um chimarrão as pessoas que o encontravam. Quando a Georgette soltou, numa roda de ensaio, que queria se candidatar, tudo fez sentido. Pronto, tínhamos um objetivo para distrair o percurso. Saímos sem saber se o tal encontro com Mujica seria possível, se mesmo um filme seria possível, mas achamos melhor uma utopia, a seguir imóveis”, conclui.
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