Um dos filmes mais amados e discutidos do século XXI, o coreano Oldboy estreia nos cinemas de todo o país no próximo 21 de setembro, celebrando os 20 anos do lançamento original. Dirigido por Park Chan-wook, o longa foi restaurado e remasterizado a partir do negativo original em 35mm, com supervisão do próprio cineasta. Premiado e admirado em todo o mundo, o festival de Cannes de 2004, presidido por Quentin Tarantino, concedeu-lhe o Grande Prêmio do Júri, além disso, também, foi premiado em Hong Kong, Coreia, Inglaterra, Itália e no português Fantasporto, entre outros.
O filme é protagonizado por Choi Min-sik, no papel de Oh Dae-su, um homem que foi misteriosamente encarcerado por 15 anos. Logo Dae-su descobre que sua mulher foi assassinada, e ele é o principal suspeito. Quando, finalmente, é liberto, ele tem cinco dias para identificar seu raptor, descobrir o que aconteceu de verdade e realizar sua vingança.
Adaptado de um mangá de Garon Tsuchiya e Nobuaki Minegishi, Park disse numa entrevista de 2022 à Entertainment Weekly que Oldboy é seu filme favorito de sua própria filmografia.
“O produtor fez um acordo para adaptar o filme, mas não gostei do final, então tive que pensar em um novo desfecho. Mas não conseguia pensar no caminho certo. Então, enquanto discutia esse assunto com meu produtor em um café, fui ao toilette um pouco. Enquanto isso, pensei um novo final para o filme. Voltei e descrevi tudo para o meu produtor. Lembro-me desse momento com tanta clareza porque foi quando pensei explosivamente em tantas ideias em tão pouco tempo. Realmente continua sendo uma lembrança muito feliz para mim.”
Park, cuja carreira começou em 1992, já era um cineasta sul-coreano de certo prestígio, mas pouco conhecido fora de seu país quando Oldboy estourou no mundo todo, depois de Cannes. Desde então, o diretor já fez diversos filmes e séries como “Sede de Sangue”, “Segredos de Sangue”, “Decisão de Partir” e a minissérie “The Little Drummer Girl”, além de conquistar dezenas de prêmios pelo mundo, como o BAFTA, por “A Criada”; em Cannes ele ganhou o prêmio de Melhor Diretor por “Decisão de Partir” mais o Prêmio do Júri por “Sede de Sangue”; e o prêmio Alfred Bauer de Contribuição Artística, no Festival de Berlim, por “Eu Sou um Cyborg, e Daí?”.
Seu estilo é marcado por uma beleza estética muito forte, mas também pela violência brutal – especialmente em filmes como Oldboy, “Lady Vingança” e “Mister Vingança”, que juntos compõem o que o diretor chama de sua Trilogia da Vingança.
Com aprovação de 82%, no Rotten Tomatoes, o longa tem colecionado críticas entusiasmadas e apaixonadas desde sua estreia em Cannes. “Um passeio selvagem e intensamente cinematográfico sobre o desejo ardente de dois homens de se vingar”, escreveu Derek Elley, na Variety. “Quando o filme for assimilado por Hollywood, poderá se tornar tão influente quanto os filmes de John Woo”, disse Glenn Kenny, na revista Première. “OLDBOY evoca imagens de pesadelo de isolamento espiritual e físico, que são dignas de Samuel Beckett ou Dostoiévski”, apontou Joe Morgenstern, no Wall Street Journal.
A nova cópia de OLDBOY já foi lançada na Itália, Hong Kong, Singapura, Portugal, Rússia, Indonésia, Japão, Canadá, Austrália, Romênia, e em breve chegará a países como EUA, Alemanha, França e África do Sul.
OLDBOY será lançado no Brasil pela Pandora Filmes.
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