O Renascimento do Parto 2 estreia nessa quinta, dia 10 de maio
O filme tem na violência obstétrica o seu fio condutor, também aponta para experiências bem-sucedidas de parto normal praticados tanto no Brasil como no exterior. Destaque para o parto normal de gêmeos em relato da apresentadora Fernanda Lima
O documentário “O Renascimento do Parto” ganha duas sequências em 2018. Com estreia marcada para 10 de maio, “O Renascimento do Parto 2” volta a promover nos cinemas o debate sobre a humanização do parto, nascimento e violência obstétrica. Dirigido novamente por Eduardo Chauvet, que agora também assina o roteiro, o longa traz depoimentos de mães, ativistas, médicos e outros profissionais da saúde.
Lançado em 2013, o primeiro filme veio na esteira de dados que impressionam sobre as cesarianas no Brasil. O país é o campeão mundial de cirurgias cesarianas no setor privado. Mais de 55% das grávidas brasileiras passam pelo procedimento cirúrgico. Esse número salta para mais de 85% dos nascimentos na rede privada de saúde. A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que a porcentagem de cesarianas não ultrapasse 15% do total de nascimentos.
As consequências desses índices são graves e incluem o aumento de partos prematuros, crescimento do desmame precoce, enfraquecimento do vínculo materno com o bebê e depressão pós-parto, entre outros.
Motivado por esses dados, Eduardo Chauvet produziu o primeiro longa sem nenhum recurso público ou privado. De forma independente, bateu o recorde brasileiro de crowdfunding ao arrecadar mais de R$ 140 mil, dinheiro utilizado para garantir a exibição no circuito comercial.
O esforço valeu a pena. “O Renascimento do Parto 1” terminou 2013 com a segunda maior bilheteria de documentário nos cinemas do país. Em 22 semanas em cartaz, o filme passou por 50 cidades e foi selecionado para festivais dentro e fora do Brasil. O primeiro filme está disponível nas plataformas NOW, Google Play, Vivo Play e iTunes e prepara terreno sobre a fisiologia do parto com Medicina Baseada em Evidências para uma melhor compreensão da trilogia.
Seu sucesso revela a urgente demanda por mais conteúdo de qualidade a respeito do tema. Cada vez mais, mulheres e famílias brasileiras, especialistas e gestores de saúde se preocupam com a forma como os bebês são trazidos ao mundo.
Nesta sequência, o filme tem na violência obstétrica o seu fio condutor, muito recorrente no Brasil, como também aponta para experiências bem-sucedidas de parto normal praticados tanto no Brasil como no exterior. Destaque também para o parto normal de gêmeos em relato da apresentadora Fernanda Lima.
O Renascimento do Parto 3” chegará aos cinemas em setembro de 2018, fechando assim a trilogia.