Longa recebeu quatro prêmios no Festival de Veneza, incluindo o Leão de Prata e o prêmio da crítica; O Oficial e o Espião é estrelado por Jean Dujardin, Louis Garrel e Emmanuelle Seigner
O OFICIAL E O ESPIÃO, de Roman Polanski, fez sua estreia mundial no último Festival de Veneza, onde recebeu quatro prêmios: o FIPRESCI – prêmio da crítica, o Leão de Prata, o Green Drop e o Sorriso Diverso Venezia. O longa, que se passa no final do século XIX, é baseado no Caso Dreyfus, um escândalo político causado por um erro judicial na França, que demorou mais de dez anos para ser resolvido. A estreia no Brasil acontece no dia 12 de março de 2020.
O diretor conta que a vontade de fazer um filme sobre esse fato surgiu porque “boas histórias rendem grandes filmes e o Caso Dreyfus é uma história excepcional. A história de um homem injustamente acusado é fascinante, mas também é muito atual, dado o aumento do antissemitismo”.
Num primeiro momento, Polanski e o roteirista Robert Harris pensaram em construir a narrativa sob o ponto de vista de Dreyfus, mas perceberam que não seria um roteiro interessante. “Toda a ação, com diversos personagens e reviravoltas, acontece em Paris, enquanto nosso personagem principal estaria preso. Então, Robert encontrou a solução para nosso dilema: era melhor contar a história do ponto de vista do Coronel Picquart, um dos principais personagens”, explica o cineasta.
Na história, o capitão Alfred Dreyfus é um dos poucos judeus que faz parte do exército francês. Acusado de espionagem para os alemães, ele é julgado a portas fechadas, condenado injustamente por traição e sentenciado à prisão perpétua na ilha do Diabo. Mas, o Coronel Picquart duvida da culpabilidade de Dreyfus e passa a investigar a acusação por conta própria. “Ele decide seguir sua própria consciência e sua necessidade de saber a verdade mais do que obedecer aos militares”.
Para que o público que não tem conhecimento prévio do histórico caso compreendesse o filme, o diretor optou por estruturar O OFICIAL E O ESPIÃO como uma investigação policial. “Eu diria que é um thriller! O público compartilha cada etapa da investigação com Picquart. E todos os eventos principais são autênticos, assim como muitas das palavras ditas, porque são retiradas dos registros contemporâneos”, finaliza Polanski.
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