Eventos de Vingadores: Guerra Infinita podem influenciar na chegada do Nova, um personagem não tão conhecido das HQs da Marvel Comics, mas que pode fazer todo sentido em habitar esse universo dos cinemas
Dez anos de MCU e ainda discutimos quais personagens podem ou não aparecer nos cinemas. Afinal, esse é um dos grandes pilares do sucesso da Marvel Studios desde sua concepção, em 2008, com o Homem de Ferro: trabalhar personagens que não fazem parte do primeiro escalão nos quadrinhos e transformá-los em verdadeiros ícones contemporâneos. Tal prática (que é sim ousada) não ocorre como se Kevin Feige e sua turma tivessem muitas opções, já que os principais heróis da editora pertenciam a outras produtoras no cinema até um tempo atrás (Homem-Aranha na Sony e X-Men na FOX, basicamente).
Criado por Marv Wolfman e John Buscema, Nova apareceu pela primeira vez nas HQs da Marvel Comics em 1976 em sua primeira revista solo. Já integrou os Novos Guerreiros, Campeões e participou de sagas como Aniquilação e Aniquilação: A Conquista, além de Vingadores Vs. X-Men
Foi uma ousadia forçada. Hoje, os tempos são outros e é uma questão de tempo até a Marvel consolidar de vez a guarda dos seus ícones para baixo de suas asas (que na verdade são da Disney, diga-se de passagem).
A declaração de Kevin Feige, afirmando que o Nova seria um personagem “com potencial para integração imediata” no MCU revela muito mais do que a notícia propriamente dita. Primeiramente, mostra a confiança em tratar desse tipo de assunto. Anteriormente, seria difícil o presidente da Marvel Studios admitindo tão facilmente a chegada de um novo herói aos seus filmes antes do anuncio oficial.
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Isso também reafirma a intenção da Marvel em expandir seu universo cósmico. Iniciado com James Gunn em Guardiões da Galáxia (2014), os cenários além da Terra do estúdio (incluindo aí os filmes do Thor) são um grande sucesso, ficando aí apenas a necessidade de se encontrar um tom que não se apoie massivamente no humor. Vale lembrar que o Nova como personagem já esteve presente em algumas versões do roteiro do primeiro Guardiões, mas o que acabou prevalecendo mesmo foi apenas a Tropa Nova no filme, decisão tomada por James Gunn por não gostar tanto do visual do personagem.
O gatilho para introduzir o Nova no MCU está mais do que óbvio. De posse de uma das Jóias do Infinito, é certo que Thanos passará por Xandar causando bastante destruição e, provavelmente, dizimando a tropa. Com isso, a figura de apenas um deles poderia restar, de posse de um dos capacetes que contenha toda as informações e poderes fornecidos pela Mente Global, espécie de fonte de energia do grupo.
Mas qual versão do Nova apareceria nos filmes? Questão pertinente. Caso a escolha seja por Sam Alexander, que já participou de animações do Homem-Aranha, seria um movimento em busca de mais juventude. Nas HQs, o personagem recentemente integrou equipes com esse viés teen, como os Campeões junto com Miles Morales, Kamala Khan etc. Já Richard Rider, versão mais adulta e concentrada quase exclusivamente no espaço, seria um movimento em busca de algo mais no tom da Capitã Marvel. Rider chegou a se tornar o Nova Primordial nos quadrinhos, participando da excelente sagas Aniquilação das HQs.
Essa saga, aliás, poderiam nortear o MCU pelos próximos anos caso a Marvel ainda não queira usar a tão especulada Invasão secreta. A onda da aniquilação traz o Aniquilador, dono de um exército insectóide e governante da zona negativa, atacando Xandar com a pretensão de arrastar todo o universo logo em seguida. Não quero dar spoiler de como a história termina, mas envolve o Nova Richard Rider e uma cena sensacional contra o vilão. Vale a lembrança de que o Nova possui envolvimento significativo com diversos personagens que já estão nos filmes do MCU: morreu em batalha contra o Thanos, teve um caso com Gamora, amizade com Peter Quill etc.
Essa novidade pode ser também mais um movimento de ataque no xadrez jogado contra a DC nos filmes de herói, já que a Warner não sai de cima do muro com seu filme do Lanterna Verde. Os eventos de Guerra Infinita podem nos indicar o que vem por aí. Estamos de olho.