Megalópole maia é revelada em documentário exclusivo

Pesquisa aérea com varredura de laser identifica ruínas de uma rede de cidades sob floresta na Guatemala; documentário inédito estreia no Brasil dia 17 de fevereiro, às 21h, no canal National Geographic

Com a ajuda de uma varredura de laser, um mapeamento subterrâneo da floresta da Guatemala revelou as ruínas de uma rede de cidades maias da qual não se tinha conhecimento antes. Essa nova descoberta é o tema do documentário “Tesouros Perdidos dos Maias”, que estreia no Brasil no sábado, 17 de fevereiro, às 21h no National Geographic.

“Parece um truque de mágica. Esta pesquisa é um dos desenvolvimentos mais importantes na arqueologia maia nos últimos cem anos”, diz Tom Garrison, um dos arqueólogos que lideraram o projeto, durante o documentário, que tem duração de uma hora.

Uma leitura aérea sob a cobertura florestal mapeou, exclusivamente para a produção, essa rede interconectada em uma área de mais de 2.000 quilômetros quadrados na floresta, com mais de 60 mil estruturas que contemplam cidades, fortificações, fazendas e rotas. Essa revelação derrubou a teoria sustentada durante décadas pelos arqueólogos de que as cidades maia eram isoladas e autossuficientes.

A pesquisa abriu caminho, pela primeira vez, para descobertas novas sobre a civilização, considerada uma das mais misteriosas. Habilidades de engenharia de grande porte e um sistema de agricultura capaz de alimentar toda uma população são algumas dessas descobertas. Os novos dados apontam também que cerca de 20 milhões de pessoas viveram ao longo das planícies maias, contra a antiga que estimativa entre 1 e 2 milhões de habitantes.

“Existem cidades inteiras das quais não tínhamos conhecimento, que agora aparecem graças aos dados da pesquisa. Há mais de 20 mil quilômetros quadrados para explorar e, com certeza, encontraremos centenas de cidades que ainda não conhecemos”, diz Francisco Estrada-Belli, explorador da National Geographic e um dos arqueólogos que lideraram a iniciativa.

O levantamento foi realizado pela iniciativa guatemalteca PACUNAM LiDAR (Light Detection and Ranging, em inglês), um consórcio que reúne mais de 30 cientistas e arqueólogos das melhores instituições acadêmicas do mundo, organizado e financiado pela Fundação PACUNAM.

“Tesouros Perdidos dos Maias” é produzido pela Wild Blue Media para National Geographic. Para a Wild Blue Media, o produtor executivo é Cameron Balbirnie. Para a National Geographic, a produtora executiva é Carolyn Payne; Hamish Mykura é vice-presidente executivo de programação e desenvolvimento; e Tim Pastore é presidente da programação e produção original.