Foi a partir da escrevivência de Conceição Evaristo que nasceu Erguida, curta-metragem escrito e dirigido por Jhonnã Bao, cineasta e atriz paulistana, que levou três prêmios na Mostra Competitiva Nacional Curtas do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro no dia 16 de dezembro.
Jhonnã Bao recebeu os prêmios de Melhor Atriz e Melhor Roteiro de Temática Afirmativa, e o Prêmio Zózimo Bulbul, entregue pela Associação dos Profissionais do Audiovisual Negro (Apan) e pelo Centro Afrocarioca de Cinema.
Em janeiro, Erguida celebra prêmios com exibição para as comunidades da Zona Norte de SP. Jhonnã e a equipe do filme preparam um evento para início de janeiro, com a exibição do curta para as comunidades da Vila Maria Alta e bairros da Zona Norte de São Paulo, que são presentes no trabalho da diretora. O evento comemora o início da trajetória do filme, os três prêmios recebidos no Festival de Brasília, e apresenta e enfatiza o conceito do Cinema Travesti.
Erguida começou a nascer há muitos anos, a partir do poema criado por Jhonnã, que também é escritora. Quando teve que escrever uma cena para a aula de roteiro na Academia Internacional de Cinema (AIC), onde era bolsista do curso técnico de Audiovisual, pegou de seus arquivos Erguida, e o transformou em roteiro. Após meses de muitos tratamentos, e consultoria de Maria Shu, Jhonnã inscreveu seu roteiro no edital Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais ) da Prefeitura de São Paulo e conseguiu a verba para filmar.
Com uma equipe composta em sua maioria por profissionais trans e travestis, Erguida é a estreia de Jhonnã como autora de ficção. O planejamento de produção foi todo pensado por Jhonnã, que queria levar para as telas “uma narrativa que tem por objetivo trazer novas nuances para histórias transcentradas.