Cartas Para um Ladrão de Livros é o 4º documentário de Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros juntos
Depois de passar pelo Festival do Rio 2017 e pela 41ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, o documentário “Cartas Para um Ladrão de Livros“, que conta a história de Laéssio Rodrigues de Oliveira, considerado pelas autoridades brasileiras o principal ladrão de obras raras do país, fará sua estreia nacional no dia 01 de março, produzido e distribuído pela Boutique Filmes, responsável pela primeira produção original da Netflix no Brasil, a série 3%.”.
Laéssio é acusado de furtar bibliotecas em pelo menos cinco estados, à procura de obras de elevado valor histórico, artístico e econômico – de fotos da corte brasileira do século 19, passando pelos primeiros mapas do país feitos a mão, a gravuras assinadas por artistas europeus, como o alemão Rugendas.
O documentário tem como ponto de partida as correspondências trocadas entre um dos diretores do filme e o próprio Laéssio, nos períodos em que ele estava preso. Ao todo, Laéssio já passou mais de dez anos detido em penitenciárias de São Paulo e do Rio de Janeiro, onde se encontra atualmente recolhido.
Resultado de um projeto de cinco anos, o longa-metragem – além de traçar um perfil da polêmica figura de Laéssio, a partir de depoimentos reveladores – levanta o debate sobre a preservação da memória do país.
Esse é o quarto longa-metragem dirigido pela dupla Caio Cavechini e Carlos Juliano Barros, que assinam juntos “Entre os Homens de Bem” (2016), “Jaci – Sete Pecados de uma Obra Amazônica” (2014) e “Carne Osso” (2011).
CARTAS PARA UM LADRÃO DE LIVROS
Duração: 96 minutos.
Gênero: documentário.
Origem: Brasil.
SINOPSE
Laéssio Rodrigues de Oliveira é considerado pelas autoridades brasileiras o maior ladrão de livros raros do país. Ao longo dos últimos cinco anos, este documentário tentou narrar sua trajetória, num percurso que inclui quatro passagens pelo sistema carcerário. Não é uma história comum a do jovem balconista de uma padaria, obcecado por papéis antigos, que passa a frequentar as altas rodas de merchants e colecionadores de arte e, em seguida, as páginas dos cadernos policiais. Ao mesmo tempo, a decisão de contá-la envolve dilemas para os quais nem Laéssio nem o próprio documentário estavam preparados. Ainda que por caminhos tortos, Laessio evidencia a necessidade de o Brasil cuidar de sua própria História.