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Casa de Antiguidades chega aos cinemas dia 21 de julho

Casa de Antiguidades, de João Paulo Miranda Maria, chegará aos cinemas no próximo dia 21 de julho, com distribuição da Pandora Filmes. Foi único latino a receber o selo da seleção oficial de Cannes 2020 – que mesmo não acontecendo, por conta da pandemia, divulgou a lista das obras que estariam em competição oficial. O longa é protagonizado por Antonio Pitanga, e fez sua estreia mundial no Festival de Toronto, de 2020.

Além desses dois festivais, o filme também fez parte da programação da Mostra Internacional de Cinema em São Paulo; Festival Internacional de Chicago, onde ganhou o prêmio Roger Ebert; No Festival de Toulouse recebeu o Prêmio FIPRESCI da critica internacional de jornalistas e também o Prêmio especial SFCC da critica francesa; Festival de Estocolmo, no qual ganhou o prêmio de fotografia, assinada pelo francês Benjamín Echazarreta (“Uma mulher fantástica”). Já a direção de arte do filme, assinada por Isabelle Bittencourt, ganhou o troféu ABC de Cinematografia, conferido pela Associação Brasileira de Cinematografia. Pela interpretação Antonio Pitanga recebeu dois prêmios no Festival de Colônia na Alemanha e no Festival de Lima no Peru.

Casa de Antiguidades tem como personagem-central Cristovam (Pitanga), um homem simples do interior, que precisa mudar de cidade em busca de melhores condições de vida e trabalho. Porém, ele se depara com uma realidade que desperta, dentro dele, algo que antes não estava escancarado, sofrendo com a solidão e o preconceito dos moradores locais.

Com um currículo vasto que inclui cinema e televisão, Pitanga vê Cristovam como “um grande presente”. Em sua filmografia, o ator tem filmes como  “O Pagador de Promessas” de Ancelmo Duarte, que ganhou a Palma de Ouro em 1962. “Cristovam é um homem do Brasil, um autentico trabalhador brasileiro e ter sido convidado por João Paulo Miranda Maria para interpreta-lo, me deu uma alegria imensurável, no auto dos meus oitenta anos, eu não poderia estar mais feliz”.

Premiado em Cannes 2016 pelo curta “A moça que dançou com o diabo”, João Paulo Miranda Maria estreia na direção de longas, e traz no filme assuntos urgentes para o Brasil de hoje, invocando os demônios invisíveis dos oprimidos através de um olhar, cheio de nuances, sobre o racismo sistêmico no país.

Com diálogos mínimos, a história de Cristovam, um homem negro indígena do norte rural do Brasil, foi construída de modo que o público tenha também uma experiência sensorial.  “Quero que o público sinta o filme, e sinta o que o que Cristovam vive durante o filme e mostrar o que eles não estão vendo. O que teoricamente é invisível, pode ser sentido. ”, diz o diretor.

Além de Echazarreta, Casa de Antiguidades traz em sua equipe técnica o montador Benjamin Mirguet, de “Batalha no Céu”, e a trilha sonora é de Nicolas Becker, (“Gravidade”). O roteiro, foi desenvolvido pelo próprio João Paulo Miranda Maria na Residence de Cannes – Cinéfondation, com a supervisão de Miguel Machalski (“Los Perros”, “O Verão dos Peixes Voadores”) e a colaboração de Felipe Sholl (“Fala Comigo”).

Casa de Antiguidades tem ainda no elenco o belga Sam Louwyck (“Cargo”), Ana Flávia Cavalcanti (“Corpo Elétrico”), Aline Marta Maia (“Serial Kelly”) e Gilda Nomacce (“Ausência”). Foi produzido pela brasileira BeBossa e pela francesa Maneki Films, e é coproduzido pelo Canal Brasil.

O filme conta com o apoio e patrocínio do FSA (Fundo Setorial do Áudiovisual), CNC (Centre Nacional du Cinema – FR), Hubert Bals Fund, Cine en Construccion – Toulouse e Projeto Paradiso. Casa de Antiguidades será lançado nos cinemas pela Pandora Filmes.