Canal Brasil exibe inédito e exclusivo “Crônica da Demolição” nesta segunda, dia 9 de outubro

Dirigido por Eduardo Ades (de “A Dama do Estácio”), “Crônica da Demolição” faz um passeio pela história do Rio de janeiro para contextualizar a construção e a demolição do Palácio Monroe, próximo à Cinelândia, no centro do Rio. A produção mostra como o suntuoso casarão foi alvo de interesses do governo e investiga os reais motivos da demolição do palacete, em 1976.

“CRÔNICA DA DEMOLIÇÃO” (2017) (91’)
Horário: Segunda, dia 9, às 22h
Classificação: Livre
Inédito e exclusivo
Direção: Eduardo Ades
Sinopse: O Palácio Monroe foi uma das mais imponentes construções do centro do Rio de Janeiro no início do século 20. O casarão de suntuosa arquitetura localizado próximo à Cinelândia, onde também foram edificados o Theatro Municipal, o Museu Nacional de Belas Artes e a Câmara dos Vereadores do município, entre outros prédios de crucial importância histórica, era a casa do senado federal enquanto a cidade maravilhosa foi capital do país, mas perdeu importância após a transferência da sede do governo federal para Brasília e foi alvo de uma grande campanha vexatória de interesses especulativos de construtoras. Coproduzido pelo Canal Brasil, o documentário de Eduardo Ades investiga os reais motivos da demolição do palacete em 1976.
O filme faz um passeio pela história do Rio de Janeiro e remonta o contexto histórico desde a construção do palácio. Desenhado pelo arquiteto Francisco Marcelino de Souza Aguiar, o palacete foi projeto para ser o pavilhão do Brasil em uma exposição universal realizada nos Estados Unidos em 1904. Laureado no evento, o projeto foi tirado do papel depois de dois anos e ganhou nome de batismo em homenagem ao quinto presidente norte-americano, James Monroe. A grandiosa construção localizada ao fim da Avenida Rio Branco, uma das principais vias do centro da cidade e com uma das mais belas vistas da região – a capital passava por grandes transformações urbanas à época – funcionou como o plenário da Câmara dos Deputados durante oito anos e como sede do Senado Federal de 1922 até a construção de Brasília, em 1960.

Toda a pompa do palácio não foi suficiente para mantê-lo de pé após perder os representantes do legislativo brasileiro. Arquitetos modernistas como Lucio Costa e veículos de imprensa deram início a uma grande campanha para a demolição do prédio alegando que seu estilo estético não se adequava mais ao desenho da cidade. Aspectos políticos e financeiros se escondiam nas sombras dos argumentos técnicos. O prédio ficava no caminho dos trilhos do metrô, impedindo o traçado original de ser mantido pela empreiteira. A localização privilegiada atraiu os olhares das principais construtoras, interessadas em produzir novas edificações no local. A partir do depoimento de especialistas em arquitetura e urbanismo, o filme discorre sobre as motivações escusas de quem apoiou a destruição de um importante patrimônio histórico do Rio de Janeiro.