Asterix e o Segredo da Poção Mágica Asterix e o Segredo da Poção Mágica

Asterix e o Segredo da Poção Mágica chega aos cinemas dia 19

“Asterix e o Segredo da Poção Mágica” (Astérix – Le Secret de la Potion Magique/Bonfilm) chega aos cinemas brasileiros dia 19 de setembro, depois de passar pelo último Festival Varilux de Cinema Francês. Em versões legendadas e dubladas, com o ator Gregório Duvivier dando voz ao pequeno gaulês, “o Segredo da Poção Mágica” é a segunda animação sobre os personagens dirigida por Louis Clichy e Alexandre Astier – a primeira sendo “Asterix e o Domínio dos Deuses”, lançada em 2014. Sem perder a magia e essência dos personagens e quadrinhos criados por René Goscinny e Albert Uderzo há mais de 60 anos, essa é a primeira vez que os gauleses ganham um roteiro totalmente original.

Na história, ao cair de uma árvore durante a colheita de visco, o velho druida Panoramix decide que é hora de repassar seu manto e garantir o futuro da aldeia. Acompanhado por Asterix e Obelix, ele parte em uma viagem pela Gália em busca de um jovem druida bom e talentoso para transmitir o Segredo da Poção Mágica. A animação arrecadou mais de US$ 37 milhões ao redor do mundo e foi assistida por mais de 4 milhões de pessoas na França.

Com a aventura original, surgem também novos temas e questões contemporâneas nunca antes abordadas nas histórias sobre Asterix e seus amigos, mas que se encaixam no imaginário criado por Goscinny e Uderzo. Para começar, uma questão filosófica: a quem transmitir o saber da poção mágica? Sendo uma receita poderosa, por que não compartilhar com todos seu conhecimento? Panoramix a criou para proteger um pedaço da Gália do domínio de Julio César, mas será que a poção não ajudaria ao restante do mundo? O que torna uns aptos a tomar a poção e outros não? O que aconteceria se esse conhecimento caísse em mãos erradas?

Atual, o protagonismo feminino também se mostra presente na animação. Quando os homens seguem Panoramix em uma viagem pela Galia, são as mulheres da aldeia que surgem para defende-la dos ataques das tropas romanas. Se, antes, a opção de mulheres beberem a poção nem era sugerida, aqui elas tomam essa decisão a fim de proteger suas casas e suas famílias.

Famosas no mundo inteiro, as aventuras de Asterix e seus companheiros foram publicadas em 37 revistas e traduzidas para mais de 100 línguas. Já foram produzidas nove animações e longas-metragens live action, sendo que o primeiro filme “Asterix e Obélix contra César”, de 1999, foi protagonizado por Christian Clavier e o personagem de Obélix interpretado por Gérard Depardieu.

Feliz com o convite para dublar Asterix, Gregório Duvivier disse que considera Goscinny, autor dos quadrinhos, um gênio: “Asterix é um dos heróis da minha infância, eu li todos os quadrinhos”, conta.

Louis Clichy, codiretor junto a Astier, destaca quais os principais elementos que não podem ficar de fora de uma história original sobre Asterix: “É imperativo encontrar os personagens principais da série. Desta vez, o verdadeiro herói não é o Asterix. Nós mudamos o foco da história para Panoramix e seu antagonista, o druida Sulfurix. Daí temos todos os ingredientes para uma boa história: poção mágica (o principal!) romanos, brigas, César… até mesmo os piratas, que tivemos que cortar no primeiro filme por falta de tempo. Destacamos também o peixeiro e o ferreiro. É um dueto que já gostamos muito em ‘O Domínio dos Deuses’”.

Para Alexandre Astier, codiretor e roteirista do filme, os avanços nas técnicas de animação são um dos trunfos do filme: “É uma aventura que leva nossos heróis a buscar um candidato em toda a Gália. Existe a noção de jornada. Isso aumenta o universo em relação ao primeiro filme. Também acho que a animação está um pouco mais bonita, porque avançamos na questão técnica. (…) Há coisas que a gente aprende e acho que as técnicas de animação deram um pequeno salto em qualidade”.

Além disso, Astier acredita que, por ser um desenho, o filme resgata um pouco do que é ser criança: “É uma brincadeira muito francesa imitar Asterix ao vivo, colocar bigodes, essas coisas. É ótimo, não nego, mas na animação há uma espécie de expressividade. É a forma como sempre sonhei em contar a história do Asterix. A animação e o desenho representam o universo da infância, com toda sua magia e possibilidades”.

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