ADEUS À NOITE, do premiado diretor André Téchiné (“Minha Estação Preferida”, “As Testemunhas”), estreia nesta quinta-feira, dia 12 de setembro nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, Salvador, Recife, João Pessoa, Fortaleza, Porto Alegre, Belém, Natal, Manaus, São Luis, Teresina, Cuiabá, Olinda, Niterói, Santos, Jundiaí, Barueri, Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e Sorocaba.
O filme, que traz no elenco Catherine Deneuve, Kacey Mottet Klein e Oulaya Amamra num drama familiar, foi selecionado para o último Festival de Berlim e chega aos cinemas com exibição garantida no circuito Caixa de Pandora, além de outras cidades.
Téchiné conta que a inspiração para o filme partiu de um livro, um compilado de entrevistas com jovens franceses sobre suas escolhas para o futuro. Somado a isso, havia a vontade de ter “o olhar de uma pessoa de minha geração, por isso a presença de Catherine, com essa cumplicidade e desejo de renovação”. E, por fim, abordar a relação da avó com esse jovem ao descobrir que ele desenvolveu um lado aterrorizante na pós-adolescência.
Em ADEUS À NOITE, Deneuve interpreta Muriel, uma senhora que tem uma vida tranquila em seu haras, cuidando da plantação de amêndoas. Quando Alex (Klein), seu neto, chega para passar uns dias com ela antes de mudar-se para o Canadá, sua rotina é transformada. O fato de Muriel morar no campo não é em vão. “Eu queria um cenário mitológico, incorporando o reino animal, com os cavalos e o javali, e o reino vegetal, com as flores que se tornam frutas, da mesma maneira como a política que é absorvida pela religião, assim como uma notícia transformada na ficção do cinema”, comenta o diretor.
Alex está prestes a viajar, mas não para o local que sua família pensa. Ele tem segredos com sua namorada Lila (Amamra), que o acompanhará. Téchiné explica que construiu a partida dessas personagens com ação para mostrar como se planejaram para uma possível fuga. “Eu queria mostrar a preparação: como conseguem o dinheiro, como se reúnem e como poderiam ficar na clandestinidade. Há elementos de ficção criminal com filme de roubo”.
Em seu oitavo filme com Catherine Deneuve, o diretor fala sobre o trabalho com a atriz e a construção da personagem: “talvez neste filme eu a tenha deixado com menos liberdade, espero que ela não tenha sofrido muito”, brinca. “Muriel é sólida em seu trabalho e vulnerável no relacionamento com seu neto. Tinha que ser uma personagem completamente desarmada, desnorteada, mas que continua lutando e lutando para evitar que o pior aconteça”, completa.
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