Foi anunciada a programação do 12º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que ocorrerá de 14 a 22 de junho e trará ao público mais de 80 filmes das mais diversas linguagens, formatos e temáticas, mantendo sua principal característica de instigar a curiosidade do espectador e propor novas abordagens cinematográficas. Híbrido, o evento terá suas sessões presenciais no Cine Passeio e no Cineplex Novo Batel em Curitiba e sessões online no Itaú Cultural Play. Acesse o site.
Neste ano, a abertura do festival acontecerá em um espaço tradicional de Curitiba, a Ópera de Arame, com o longa “Casa Izabel”, do realizador paranaense Gil Barone. Com a participação de importantes referências da cena artística local, o filme volta aos anos 1970 e fabula um aparente refúgio da realidade brasileira onde homens da alta sociedade se encontram para encarnar mulheres em fantasias de luxo e exuberância. Com o nome de Casa Grande Izabel, o espaço esconde muito mais do que os caprichos e devaneios secretos de seus hóspedes.
O encerramento aposta no horror feminista com “Agressor”, de Jennifer Reeder. O longa conta a história da adolescente Jonny, que ganha habilidades sobrenaturais através de uma transformação mística ao mesmo tempo em que meninas desaparecem em sua nova escola.
Um ano de muitas novidades
Em 2023 o Olhar de Cinema apresenta um novo formato em sua programação, com as novas mostras Competitiva Internacional e a Competitiva Brasileira, que contará com premiações para melhor filme, direção, roteiro e atuação, entre outras categorias, além do Prêmio do Público para as duas competitivas. O festival, porém, mantém as mostras Novos Olhares, dedicada a filmes que se destacam pela radicalidade em suas propostas estéticas, as mostras Pequenos Olhares, dedicada às crianças e Mirada Paranaense, dedicada a apresentar ao público um panorama da produção audiovisual do Paraná. A mostra Exibições Especiais, passa a ser o novo espaço para filmes brasileiros não inéditos que se destacaram recentemente somados a filmes internacionais importantes desse último ano.
A Mostra Foco também chega diferente nesta 12ª edição, apresentada em parceria com o Rencontres Internationales du Documentaire de Montréal (RIDM), a filmografia de um território: o cinema documental contemporâneo produzido no Quebec, província canadense de colonização francesa.
Outra novidade deste ano é a parceria com o Itaú Cultural Play, plataforma em que será exibida a programação online do festival. Lá os espectadores de todo o Brasil poderão assistir à maior parte dos curtas brasileiros selecionados de 20 de junho a 4 de julho.
Olhares Clássicos e Retrospectiva
Mostras queridas e esperadas do Olhar de Cinema também agitam a programação deste ano. A Olhares Clássicos traz desde o marco dos anos 1920 “Salomé”, de Charles Bryant e Alla Nazimova, a “Jeanne Dielmann”, de Chantal Akerman, recentemente eleito o melhor filme de todos os tempos pela revista Sight and Sound. Completam a seleção filmes de Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, Antônio Carlos da Fontoura, Carlos Saura, Norman Jewison e Maureen Blackwood e Isaac Julien.
Já a Retrospectiva homenageia um dos grandes nomes do cinema contemporâneo. Com o título Máquina de Cicatrizes: o cinema de David Cronenberg, a mostra faz um recorte da obra do realizador canadense e traz ao público do festival sete filmes.