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100 anos de Nosferatu na Cinemateca Brasileira

Uma das obras mais emblemáticas do cinema, Nosferatu: uma sinfonia do horror, de F. W. Murnau, foi lançado em 1922 no auge do Expressionismo Alemão. Adaptação (um filme de propriedade do Friedrich-Wilhelm-Murnau-Stiftung em Wiesbaden) não autorizada do clássico romance Drácula, de Bram Stoker, quase teve todas as suas cópias destruídas por ordem judicial após processos movidos pelos herdeiros do autor. Felizmente, o filme sobreviveu e tem agora seu centenário comemorado na Cinemateca Brasileira em sessão dupla com o remake realizado por Werner Herzog, Nosferatu: o vampiro da noite, lançado 57 anos depois do original.

Nosferatu: uma sinfonia do horror conta a história do agente imobiliário Hutter, que numa viagem de negócios à Transilvânia depara-se com o temoroso vampiro Conde Orlok e seu interesse maligno pela esposa de Hutter, Ellen. Com o uso de trucagens, sombras, distorções e maquiagem pesada, o filme cria um tom ameaçador e opressivo diante da praga que Conde Orlok espalha por onde passa.

O longa de Murnau foi considerado o melhor já feito na Alemanha pelo cineasta Werner Herzog, que por sua vez filmou sua própria versão-homenagem, lançada em 1979. Desta vez, com os direitos autorais de Stoker já expirados, pôde restaurar os nomes originais dos personagens e outros detalhes narrativos em um filme que incorpora nuances existenciais e de ambiguidades simbólicas.

A sessão dupla, realizada em parceria com o Goethe-Institut, será na área externa da Cinemateca Brasileira no dia 13 de outubro, quinta-feira, a partir das 19h (intervalo de 10 min entre as sessões).