O Cinema do Dragão inicia nova grade de programação nesta quinta-feira (25), com as estreias de Ninguém Sai Vivo Daqui, dirigido por André Ristum, e Divertimento, de Marie-Castille Mention-Schaar.
De quarta a domingo, as sessões regulares custam R$ 8,00 (meia) e R$ 16,00 (inteira). Já as exibições da Sessão Vitrine Petrobrás têm ingressos nos valores de R$ 6,00 (meia) e R$ 12,00 (inteira). As entradas são vendidas na bilheteria física ou na bilheteria virtual. Às terças, todas as sessões custam R$ 5,00 (meia) e R$ 10,00 (inteira).
Ninguém Sai Vivo Daqui
Com roteiro inspirado no livro Holocausto Brasileiro, da jornalista Daniela Arbex, estreia na sala 1 do Cinema do Dragão o longa Ninguém Sai Vivo Daqui, filme que acompanha a jornada de Elisa, uma jovem que engravida do namorado e, no começo dos anos 70, é internada à força pelo pai no hospital psiquiátrico Colônia, em Barbacena (MG). Com direção de André Ristum, o filme estreou na noite de abertura do Festival de Brasília de 2023. Sobre o processo de criação de ‘Ninguém Sai Vivo Daqui’, o diretor comenta que teve no livro de Arbex a base, mas trouxe também outras referências: “Fui até Barbacena e conheci o Colônia, que hoje é outra coisa, e me conectei com várias histórias locais ali. Visitei o museu, conversei com psiquiatras sobre o contexto da época, assisti documentários, acessei muitas fotos, entre as quais as famosas fotos que saíram no Cruzeiro nos anos 60. Tudo isso serviu de base para a construção de personagens ficcionais conectados com figuras reais”.
Divertimento
Entra em cartaz na sala 2 o longa Divertimento, um drama francês leve e envolvente que conta a história de superação de Zahia, uma jovem do subúrbio de Paris que sonha em ser maestrina. Dirigido por Marie-Castille Mention-Schaar, o filme é inspirado na vida de Zahia Ziouani, uma das poucas regentes conhecidas mundialmente.
Programa Vizinhanças – Sessão com Dodi Leal no Cinema do Dragão
Na sexta-feira (26), às 19h, o Cinema do Dragão recebe, na sala 2, a curadora, crítica, performer e iluminadora Dodi Leal. A artista apresentará oito trabalhos em vídeo, mais um making of de uma obra inédita, produzidos junto a diferentes colaboradores/as: Robson Catalunha, Elirone Rosa, Gabriel Arruda, Maryah Monteiro e Gau Saraiva.
Nas obras, são explorados distintos programas performáticos, muitos deles marcados pela investigação da relação entre as danças e os espaços onde elas acontecem, bem como pelo trabalho teórico junto ao cinema e por parcerias que reforçam uma proposta de produção de conhecimento corporalizada, como no trabalho ‘Tenho Receio de Teorias que Não Dançam’, curta em co-direção com Gau Saraiva.
Perpassando diferentes estados, da Bahia a Minas Gerais, de São Paulo ao Espírito Santo, a artista elege para suas investigações fílmicas questões como “Pode uma travesti produzir teoria?”, “Como romper o binarismo corpo-máquina sem trair o cinema?” e “Qual o espaço que a arte ocupa?”. Em ‘Encruzitrava’, por exemplo, um grupo de artistas questiona o formato convencional e institucionalizado da galeria de arte, propondo o espaço público, a praia, como território para exposição.
No programa de filmes, quatro dos curtas são estreias: além do já citado ‘Encruzitrava’, os filmes ‘Traidoras’, ‘Erra’ e ‘COR-PÓ’ são produções recentes da artista, realizadas em diferentes estados. Após as exibições, a conversa com Dodi Leal será mediada pela artista circense, produtora cultural, professora e pesquisadora Samara Garcia. A sessão é gratuita, mediante retirada de ingresso 1h antes.