Um mar de emoções com a jornada de Moana
Moana é uma corajosa jovem, filha do chefe de uma tribo na Oceania, vinda de uma longa linhagem de navegadores, que é seu maior hobbie e, também, trabalho. Querendo descobrir mais sobre seu passado e ajudar sua família, ela resolve partir em busca de seus ancestrais, habitantes de uma ilha mítica que ninguém sabe onde é. Com a ajuda do lendário semideus Maui, Moana começa sua jornada pelo mar aberto, onde vai enfrentar criaturas marinhas e descobrir antigas histórias do submundo.
É gratificante ter garotas protagonizando muito bem as super-produções (sem depender de clichês românticos), e isso continua com Moana. Esse viés não é nenhuma novidade há algum tempo e faz parte das mudanças que a Disney e qualquer produtora deve fazer para se manter firme e forte no mercado. Tampouco isso é uma novidade para os diretores John Musker e Ron Clements, responsáveis por pérolas como A Pequena Sereia e A Princesa e o Sapo.
Graficamente o filme é perfeito, onde cada detalhe é de saltar aos olhos. Essa perfeição digital não fornece, entretanto, uma identidade única para Moana, uma vez que os traços humanos no filme são bem simples. O ineditismo fica mesmo a cargo da geografia, onde o filme é ambientado na Polinésia (conjunto de ilhas no sul do Oceano Pacífico). O design de alguns personagens também se sobressaem, como o semideus Maui (dublado originalmente por Dwayne Johnson, o The Rock) com suas tatuagens animadas, além das criaturas gigantescas. Nesse balaio, apenas os engraçadinhos Kakamora não fazem muito sentido narrativo, mas tiram ótimas risadas na única cena na qual aparecem.
Apesar de não deixar muitas brechas para um eventual Moana 2, o filme inspira a imaginação para que mais projetos com essa ambientação tropical venham ao mundo. Talvez uma versão live-action de A Pequena Sereia? Só o tempo dirá, mas a dupla Musker e Clements se mostrou qualificada para transições, visto que Moana: Um Mar de Aventuras é a primeira animação totalmente em 3D dos dois.
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