

Visita ao Inferno: quando a ciência e o imponderável se encontram na Netflix
Visita ao Inferno mostra o vulcanologista Clive Oppenheimer em busca de diversos vulcões em atividade ao redor do mundo, relacionando sua brutal força como elemento da natureza e as crenças de cada região onde se encontram.
A fotografia (direção de Peter Zeitlinger) acompanhada de música clássica é por vezes hipnotizante. Há um certo fascínio no interior de um vulcão em atividade que vulcanologista algum poderia medir ou decifrar, e isso é o que mais justifica tanta contextualização para cada local visitado em Visita ao Inferno. Mesmo assim, em alguns momentos recobramos na memória: mas esse não era um filme sobre vulcões?
Ao mostrar a relação entre o povo norte coreano (sob a autoridade constante de seus líderes) e o vulcão Paektu é que fica plena a proposta do documentário. Conseguir abordar de forma profunda (até o ponto que a própria Coréia do Norte permite) e relacionar de modo inteligente esse contexto com o misticismo do vulcão oferece a quem pouco conhece do país uma nova perspectiva. Até porque, o verdadeiro motivo para que cientistas ocidentais consigam entrar nesse lado da Coréia, é o medo de uma eventual erupção.
Visita ao Inferno está disponível para os assinantes Netflix.
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