Ao longo da história de Hollywood, diversas figuras icônicas do cinema estiveram vinculadas a projetos que nunca se concretizaram, e uma dessas lendárias histórias envolve o aclamado ator Nicolas Cage e sua quase interpretação do icônico Superman. A saga, repleta de altos e baixos, revela as complexidades e desafios da indústria cinematográfica e permanece como uma das mais intrigantes histórias dos bastidores de Hollywood. Agora, com a chegada de The Flash e a confirmada participação do astro no filme de 2023, parece sensato retomarmos o assunto:
A epopeia começa nos anos 90, quando a Warner Bros. estava determinada a ressuscitar o Superman nas telonas após o sucesso das adaptações de Batman. O lendário produtor Jon Peters e o cineasta Tim Burton foram encarregados de trazer o herói kryptoniano de volta à vida. Burton, que havia dirigido os filmes sombrios do Batman, enxergou uma abordagem única para o Homem de Aço e vislumbrou em Nicolas Cage a personificação perfeita do personagem.
Apaixonado por quadrinhos, Cage não hesitou em aceitar o papel do Super-Homem, apesar de ter uma carreira estelar em outros gêneros.
Pra você ter uma ideia do quão apaixonado era o ator, Nicolas Cage comprou a edição 1 da revista Action Comics, apresentando a primeira aparição do Superman, em 1997 por uma quantia milionária. No entanto, em 2000, a revista foi roubada de sua casa em Los Angeles e desapareceu por anos. Em 2011, ela foi recuperada após ser encontrada em um armário de um colecionador.
O ator estava ansioso para encarnar o icônico herói e mergulhou profundamente em pesquisas sobre o personagem para oferecer uma interpretação inigualável. Porém, desde o início, a produção enfrentou desafios significativos, desde roteiros divergentes até restrições orçamentárias.
O filme, intitulado “Superman Lives”, prometia uma abordagem única e ousada. No entanto, a visão criativa de Tim Burton, aliada ao roteiro controverso de Kevin Smith, envolvendo uma versão do Super-Homem sem voo e com um traje de cristal, gerou ceticismo entre os fãs e investidores. A situação se agravou ainda mais com o crescente orçamento do filme e preocupações sobre sua viabilidade financeira.
Em 1997, a Warner Bros. decidiu cancelar o projeto, deixando Cage e todo o elenco e equipe devastados. A trajetória do Superman de Cage terminou antes mesmo de começar. A produção foi cancelada, e a história dos bastidores ficou relegada a rumores e especulações por anos.
No entanto, a saga de Nicolas Cage com o Superman não terminou ali. Anos depois, detalhes sobre o projeto não realizado vieram à tona, graças a documentários e entrevistas com os envolvidos. Cage admitiu que estava animado para interpretar o Super-Homem e que a abordagem de Burton teria sido única e cativante. Ele considerou o traje de cristal e a versão não voadora do herói como desafios interessantes para sua atuação.
Além disso, algumas imagens conceituais do traje de Superman com Cage foram divulgadas, e os fãs puderam vislumbrar como teria sido a interpretação do ator como o icônico personagem.
Em retrospectiva, a história de Nicolas Cage quase interpretando o Super-Homem permanece como um exemplo de como os altos e baixos de Hollywood podem impactar projetos cinematográficos. Embora a visão criativa única de Burton e a paixão de Cage tenham sido notáveis, “Superman Lives” não conseguiu se tornar realidade. Contudo, a história dos bastidores continua a fascinar cinéfilos e fãs de quadrinhos, revelando um vislumbre do que poderia ter sido uma das interpretações mais memoráveis do Homem de Aço nas telonas. Além disso, os conhecedores deste incrível caso podem se sentir reconhecidos ao se deparar com o personagem no multiverso apresentado em The Flash.
E você, curtiu a história e a participação de Nicolas Cage como Superman em The Flash? Conte-nos nos comentários e leia a nossa crítica do filme.