Em 2024, A Bruxa de Blair celebra seu 25º aniversário, um dos filmes de terror mais influentes dos anos 90 e um marco do gênero “found footage”, que arrecadou cerca de US$ 250 milhões em 1999.
O aniversário traz sentimentos mistos para seus diretores, Eduardo Sanchez e Daniel Myrick, que tiveram pouca participação nos projetos subsequentes, incluindo a próxima sequência produzida pela Lionsgate e Blumhouse Productions.
Em entrevista ao Film Stories, Myrick comenta que a situação é “sempre um pouco agridoce”, já que ele e Sanchez têm várias ideias para expandir o universo de *Blair Witch*, mas não foram convidados a contribuir para o novo projeto. “Sempre pensamos que há muito a explorar em todo esse universo.”
Em 2000, a Artisan Entertainment lançou “Book of Shadows”, sequência que não envolveu os criadores originais. Em 2016, com os direitos nas mãos da Lionsgate, a franquia foi revivida em “Blair Witch” ou “The Woods”, mas com participação limitada de Myrick e Sanchez, já que Adam Wingard (Godzilla e Kong) assumiu a direção (leia a crítica). Sobre o novo filme da Blumhouse, Sanchez disse: “Entendemos como Hollywood funciona e eles sempre procuram o novo. Mas, nos incluir seria bom… apenas para nos consultarem.”
Os atores originais – Heather Donahue, Michael Williams e Joshua Leonard – há anos denunciam a falta de compensação adequada pelo sucesso do filme original, pois não eram sindicalizados em 1999 e não receberam royalties. Em abril de 2024, eles enviaram uma carta aberta à Lionsgate reivindicando pagamento adicional, com apoio de Sanchez e Myrick.
Sanchez comenta que há discussões entre os atores, a Blumhouse e a Lionsgate, afirmando: “Eles ainda não sabem o que vai acontecer, mas pelo menos estão conversando, o que é ótimo.” Myrick ainda compartilha uma visão pragmática sobre a relação com os estúdios: “Os estúdios não são seus amigos… aprendemos isso da maneira mais difícil.”
O reboot de “A Bruxa de Blair” não tem data de lançamento.
via Film Stories.