Capa da postagem do CosmoNerd sobre a história real da boneca Annabelle, de Invocação do Mal Capa da postagem do CosmoNerd sobre a história real da boneca Annabelle, de Invocação do Mal

A História Real de Annabelle, A Sinistra Boneca de Invocação do Mal

A boneca Annabelle se tornou um dos ícones mais reconhecíveis do cinema de terror contemporâneo desde sua primeira aparição em Invocação do Mal (2013). Mas, antes de se tornar uma figura das telas, Annabelle já fazia parte do arquivo de casos paranormais mais famosos do mundo. A história verdadeira por trás da boneca, diferente da versão mostrada nos filmes, envolve uma boneca de pano Raggedy Ann, um suposto espírito maligno e os lendários investigadores Ed e Lorraine Warren.

A origem da boneca Annabelle: uma história real

Segundo registros da New England Society for Psychic Research (NESPR), a história de Annabelle começou em 1970, quando uma mãe comprou a boneca como presente de aniversário para sua filha Donna, uma jovem estudante de enfermagem que morava com a colega Angie em Hartford, Connecticut. Pouco tempo depois da chegada da boneca ao apartamento, as duas começaram a notar fenômenos estranhos — objetos deslocados, portas se abrindo sozinhas e, principalmente, a própria boneca mudando de posição sem explicação.

História Real - a verdadeira boneca Annabelle, apresentada em Invocação do Mal

Os acontecimentos se intensificaram quando Donna e Angie começaram a encontrar mensagens escritas em pergaminhos de papel, com frases como “Ajude-nos” e “Ajude Lou”, nome do amigo próximo das duas. Nenhuma das jovens possuía aquele tipo de papel em casa, o que aumentou a sensação de que algo sobrenatural estava em ação.

A investigação dos Warren, o casal de Invocação do Mal

Preocupadas, as jovens decidiram consultar uma médium, que afirmou estar em contato com o espírito de uma menina de sete anos chamada Annabelle Higgins. A criança teria morrido na propriedade antes da construção do prédio e estaria “presa” à boneca. Donna, com pena, teria permitido que o espírito permanecesse ali.

No entanto, o caso mudou de rumo quando Lou afirmou ter sido atacado pela boneca, relatando arranhões misteriosos que sangraram. Diante disso, um padre foi chamado e, posteriormente, entrou em contato com Ed e Lorraine Warren, conhecidos investigadores paranormais que analisaram centenas de supostos casos sobrenaturais nos Estados Unidos.

De acordo com os Warren, a boneca não estava habitada por um espírito humano, mas por uma entidade demoníaca que manipulava o objeto com o objetivo de possuir uma pessoa. O casal realizou uma bênção no local e levou Annabelle para sua própria casa, onde passou a fazer parte da coleção de artefatos amaldiçoados mantidos no Museu Oculto dos Warrens.

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A verdadeira boneca no Museu Oculto

Desde então, Annabelle permanece trancada em uma caixa de vidro, selada com a inscrição “Atenção: não abra sob nenhuma circunstância”. Segundo relatos do casal, mesmo dentro do museu, a boneca continuou a ser associada a fenômenos inexplicáveis. Lorraine Warren afirmou que, após levá-la para casa, eles quase sofreram um acidente de carro e que outras pessoas que zombaram da boneca em visitas ao museu teriam enfrentado tragédias posteriormente.

Após a morte de Ed e Lorraine, o museu ficou sob os cuidados de Tony Spera, genro do casal, que mantém a boneca guardada em segurança. Embora o museu tenha sido fechado em 2019 por questões de zoneamento, Annabelle ainda aparece ocasionalmente em eventos organizados pela família Warren, como o Seekers of the Supernatural Paracon, onde é exibida sob forte proteção espiritual e física.

Ficção e Fatos do caso da boneca Annabelle

Nos cinemas, Annabelle ganhou uma aparência mais sinistra e uma narrativa completamente ficcional. O primeiro filme, lançado em 2014, apresenta uma história envolvendo cultistas e possessão demoníaca direta, o que não faz parte do caso real. A franquia, no entanto, capturou a essência da lenda — a ideia de que um simples objeto pode servir de portal para forças desconhecidas.

Na vida real, a Annabelle original continua sendo uma boneca de pano aparentemente inofensiva, mas cercada por uma reputação que desafia o tempo. Mais de cinquenta anos após o início da história, ela segue como um dos artefatos mais temidos do mundo, símbolo da fronteira entre o inexplicável e o imaginário.