EN LA CALIENTE marca presença no 34º Cine Ceará EN LA CALIENTE marca presença no 34º Cine Ceará

34º Cine Ceará anuncia longas-metragens ibero-americanos e curtas brasileiros selecionados

Seis filmes foram selecionados para a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem e 12 produções para a Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem do 34º Cine Ceará, que acontecerá de 9 a 15 de novembro em Fortaleza, Ceará. Dentre os longas – quatro ficções  e dois documentários – dois dos selecionados são brasileiros e terão première mundial no Cine Ceará. São eles, o documentário “Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo”, de Joel Zito Araújo, e a ficção “Um lobo entre os cisnes”, de Marcos Schechtman e Helena Varvaki.

Os outros quatro longas não brasileiros selecionados terão première no país durante o 34º Cine Ceará. São eles, as ficções “Milonga”, coprodução Uruguai-Argentina com direção de Laura González; “Linda”, produção argentina de Mariana Wainstein; e o dominicano “A bachata de Biônico (La bachata de Biónico)”, do diretor Yoel Morales. Completa a lista dos longas o documentário “EN LA CALIENTE – Contos de um Guerreiro do Reggaeton”, coprodução Cuba-Estados Unidos dirigida por Fabien Pisani.

Dentre os 12 curtas-metragens brasileiros, estão os cearenses “Fenda”, ficção de Lis Paim, e “Tiramisú”, ficção de Leônidas Oliveira. Também na mostra o alagoano “Cavaram uma cova no meu coração”, documentário de Ulisses Arthur, vencedor do Prêmio da Crítica ABRACCINE de Melhor curta-metragem no 14º Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba; “Dona Beatriz Ñsîmba Vita”, ficção mineira de Catapreta, vencedor dos prêmios de Melhor Roteiro no 56º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, Melhor Curta-metragem Latino-americano entre todas as competições oficiais no 25º BAFICI – Festival Internacional de Cine Independiente, Melhor Filme na Mostra Identidade do III AFRONTE – Festival de Cinema da Diversidade Sexual, Racial e de Gênero, e Troféu Vitória de  Melhor Filme (Júri Técnico) no 31º Festival de Cinema de Vitória.

Outro curta premiado selecionado para a Mostra Competitiva Brasileira do Cine Ceará é “Quinze Quase Dezesseis”, ficção de Thais Fujinaga, de São Paulo. O filme foi vencedor do Prêmio Aquisição Porta Curtas, 10+ Favoritos do Público no Festival Kinoforum, Prêmio de Melhor Direção no Curta Cinema e Melhor Fotografia na Mostra de Cinema de Vitória.

Também na mostra de curtas brasileiros as ficções “Bolinho de Chuva”, de Cameni Silveira, do Paraná; “Maputo”, produção paulista de Lucas Abraão; o pernambucano “Todas as memórias que você fez em mim”, de Pedro Fillipe; o documentário paulista “Salmo 23”, de Lucas Justiniano e José Menezes; a animação “Eu sou um pastor alemão”, de Angelo Defanti, do RJ; e os híbridos “Os mortos resistirão para sempre”, de Carlos Adriano, de São Paulo; e “Você”, produção carioca de Elisa Bessa.

CURADORES

A curadoria da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem foi realizada pelo crítico de cinema Bruno Carmelo, mestre em teoria de cinema pela Universidade Sorbonne Nouvelle — Paris III. Tem passagem por veículos como AdoroCinema, Papo de Cinema e Le Monde Diplomatique Brasil. É professor de cursos sobre o audiovisual e autor de artigos sobre o cinema.

A Competitiva Brasileira de Curta-metragem teve como curador o cineasta Vicente Ferraz. Formado em Comunicação pela PUC-Rio, estudou na EICTV – Escola Internacional de Cinema e TV de San Antonio de Los Baños, em Cuba. Seu primeiro longa-metragem, o documentário “Soy Cuba, O Mamute Siberiano” (2005), foi premiado nos Festivais de Gramado, Recife, Guadalajara, Lima, Chicago e da Seminci – Valladolid – Espanha. Atua como jurado de vários festivais, como Havana (Cuba), Foncine (Uruguai) e Cinergia (Costa Rica). Deu aulas na EICTV – Cuba, Veritas (Costa Rica) e foi tutor de projetos para a Fundación TyPA na Argentina. É professor na Academia Internacional de Cinema, Rio de Janeiro.

PREMIAÇÃO

Os participantes da Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem vão concorrer ao Troféu Mucuripe, que será concedido aos vencedores nas categorias: Melhor Longa-metragem, Direção, Atuação Principal, Atuação Coadjuvante, Roteiro, Fotografia, Montagem, Trilha Sonora Original, Som, Direção de Arte e Prêmio da Crítica. O Melhor Longa da Mostra, eleito pelo Júri Oficial, receberá prêmio no valor de R$ 40 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento.

Na Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, o Troféu Mucuripe será concedido aos vencedores nas seguintes categorias: Melhor Curta-metragem, Direção, Roteiro e Prêmio da Crítica.

Com acesso gratuito a toda a programação, o festival acontecerá de 9 a 15 de novembro de 2024, com mostras competitivas, exibições especiais, mostras sociais, debates, homenagens, cursos, entre outras atividades. Para as exibições, o festival estará no Cineteatro São Luiz, equipamento da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult/CE), gerido pelo Instituto Dragão do Mar (IDM).

O 34º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, através da Secretaria do Audiovisual, da Associação Cultural Cine Ceará e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Estado do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura (Secult Ceará), apoio da Prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor), e da Universidade Federal do Ceará, através da Casa Amarela Eusélio Oliveira. Parceria: Canal Brasil. Conta ainda com o patrocínio da Ambev, da Freitas, do Itaú, da Nacional Gás e Esmaltec através da Lei Rouanet.

OS LONGAS DA MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA

A bachata de Biônico (La bachata de Biónico). Yoel Morales. Ficção, 80′, Cor, República Dominicana, 2024. Première Brasileira. 16 anos.

Uma visão crua do amor em uma cidade hostil do Caribe, o filme segue um romântico desesperado viciado em crack, que deve assumir o controle de sua vida se quiser se casar com a mulher que ama.

Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao mundo. Joel Zito Araújo. Documentário. 82’. Cor. Brasil. 2024. Première Mundial. Livre.

O filme resgata a trajetória da companhia de teatro de revista Brasiliana, que percorreu mais de 90 países ao longo de seus 25 anos de atividade.

EN LA CALIENTE – Contos de um Guerreiro do Reggaeton. Fabien Pisani. Documentário, 85’, Cor, Cuba-EUA, 2024. Première Brasileira. 16 anos.

Ele veio do nada, mudou um país para sempre com sua música e depois desapareceu. Um retrato trágico de um dos artistas mais importantes e esquecidos da Cuba contemporânea. Um filme sobre juventude, dança, liberdade e rebelião.

Linda. Mariana Wainstein. Ficção, 100’, Cor, Argentina, 2024. Première Brasileira. 14 anos.

Linda, uma cativante empregada doméstica com charme e beleza únicos, revela segredos e fantasias eróticas de uma família. A atração que desperta em cada membro da família a leva a exercer poder sobre eles. Por trás de suas vidas aparentemente felizes existe uma complexidade inesperada.

Milonga. Laura González. Ficção, 106’, Cor, Uruguai-Argentina, 2023. Première Brasileira. 16 anos.

Rosa tem a oportunidade de se libertar de um passado de opressão ao conhecer um homem com quem redescobre sua paixão pelo tango. Mas antes de dar um passo à frente, ela deve aceitar algumas verdades incômodas.

Um lobo entre os cisnes. Marcos Schechtman e Helena Varvaki. Ficção. 110’. Cor. Brasil. 2024. Première Mundial. 14 anos.

Um Lobo entre os Cisnes conta a história de Thiago Soares, um garoto do subúrbio carioca que deixa para trás o hip hop e embarca no mundo do balé clássico. Sua história ganha rumos inesperados através da conturbada relação com seu mentor, o cubano Dino Carrera, que aprimora o talento de Thiago até ele atingir o estrelato ao se tornar o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres.

OS CURTAS DA MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA

Bolinho de Chuva. Cameni Silveira. Ficção. 11’. Paraná. 2023. Livre.

Nelma brinca no quintal enquanto uma tempestade parece se formar, sua avó faz uma simpatia para prender a chuva e a menina fica encantada com as habilidades mágicas da avó.

Cavaram uma cova no meu coração. Ulisses Arthur. Documentário. 24’. Alagoas. 2024. 10 anos.

Enquanto uma mineradora perfura a terra para extrair sal-gema, uma gangue de adolescentes planeja quebrar a máquina responsável pelos tremores e afundamento do solo.

Dona Beatriz Ñsîmba Vita. Catapreta. Ficção. 20’. Minas Gerais. 2024. 12 anos.

Uma mulher determinada a cumprir a missão divina de criar seu próprio povo, usando uma habilidade peculiar de produzir clones de si mesma. Livremente inspirado na história da heroína congolesa Kimpa Vita.

Eu sou um pastor alemão. Angelo Defanti. Animação. 15’. Rio de Janeiro / São Paulo. 2024. Livre.

Olá, eu sou um pastor alemão. Graças à minha formidável capacidade de aprendizado, lealdade e versatilidade, sou responsável por zelar pela segurança deste rebanho. Infelizmente, hoje, não trago notícias auspiciosas.

Fenda. Lis Paim. Ficção. 23’. Ceará. 2024. Livre.

Marta é uma cientista botânica que vive apartada de suas raízes, quando aceita receber a visita de Diná, uma velha senhora doce e enxerida que tenta desesperadamente penetrar na sua intimidade.

Maputo. Lucas Abraão. Ficção. 15’. São Paulo. 2024. 12 anos.

Tatu é levado por três crianças mais velhas a acreditar que se superar certos desafios se tornará um Maputo, alguém com a habilidade de controlar o vento. Tatu permanece determinado a atingir essa transformação, mesmo quando as tarefas se tornam cada vez mais perigosas.

Os mortos resistirão para sempre. Carlos Adriano. Híbrido. 24’. São Paulo. 2024. 16 anos.

Cinepoema sobre a atual tragédia palestina, com filmes brasileiros de 1922 e 1932 (a catástrofe indígena), documentais de 2023 / 2024, ensaios de Jean-Luc Godard, Hani Jawharieh e Mustafa Abu Ali, declarações de Edgar Morin e Noam Chomsky, e um poema de Mahmud Darwich.

Quinze Quase Dezesseis. Thais Fujinaga. Ficção. 20’. São Paulo. 2023. 10 anos.

O basquete deu à adolescente Tamiris a chance de estudar em uma escola particular. Ela passa a se dividir entre treinos e aulas de teatro. Pela primeira vez em contato com o fazer artístico, Tamiris descobre outras formas de extravasar as energias até que é abusada durante uma aula.

Salmo 23. Lucas Justiniano e José Menezes. Documentário. 12’. São Paulo. 2024. 14 anos.

“Salmo 23” acompanha Fátima, fotógrafa de cena de crime da Polícia Científica de São Paulo, durante um plantão noturno pelas ruas da maior cidade da América Latina.

Tiramisú. Leônidas Oliveira. Ficção. 20’. Ceará. 2024. 12 anos.

No interior do Ceará, Rio quer sair pelo mundo afora, mas não sabe andar de bicicleta. Cláudia, sua melhor amiga, quer ficar e ser vereadora. Evângelo apenas quer amar Rio.

Todas as memórias que você fez em mim. Pedro Fillipe. Ficção. 19’. Pernambuco. 2024. 10 anos.

José é um agricultor de 68 anos. Sua rotina divide-se entre cuidar da roça e do seu esposo Luiz, de 71 anos, com Alzheimer. Na rotina e no convívio diários, o casal de idosos compartilha das adversidades da vida até que algo inesperado acontece com José.

Você. Elisa Bessa. Híbrido. 7’. Rio de Janeiro. 2024. Livre.

Por meio de uma conversa telefônica com uma delegada, uma mãe revive memórias de sua vida com o pai de sua filha.