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Pixels – Crítica

O texto a seguir contém SPOILERS de Pixels. Se você ainda não viu, então corre para assistir. Depois volta aqui e vamos jogar uma partida de Donkey Kong.

Ah como era gostoso passar horas e horas jogando fliperama com os amigos. Lembro de perder até o almoço por estar com os olhos vidrados na tela. Então quando vi que a Sony ia lançar Pixels, pensei: Isso não tem como dar errado. Mas eu não contava com o fator Adam Sandler.

Esqueça um roteiro no mínimo coeso nesse filme. Na trama, a NASA enviou uma cápsula para o espaço em 1982. Entre os vários arquivos estavam algumas imagens dos vídeo games da época: Pac-Man, Donkey Kong, Space Invaders e etc. Então alguma raça alienígena – com muito tempo livre – interceptou a cápsula e tomou aquilo como uma declaração de guerra. Daí mandou seus próprios jogos para nos destruir. Como podemos perceber, não é preciso muita coisa para que role uma invasão de ET’s.

Mas quem poderia nos salvar da destruição quase certa? Adam Sandler e sua trupe, é claro. Na pele de jogadores famosos do passado, eles são nossa única esperança. Desesperador, não? O longa, comandando por Chris Columbus, mira nos esteriótipos e acaba acertando os exageros. Temos o mestre dos jogos que se torna um perdedor quando cresce, o perdedor que se torna presidente dos EUA, o maluco das conspirações e o campeão que acaba despirocando no rumo na vida. Era para ser engraçado. Pena que não funciona todo o tempo. É preciso ter um coração de pedra para não dar algumas risadas. Mas é necessário muita boa vontade para ficar duas horas com um sorriso no rosto.

É mais um filme onde Adam Sandler interpreta ele mesmo. Mas como é um longa escrito pelo ator, nada mais natural que ele faça quase tudo. Pena que sobra pouco tempo de tela para Peter Dinklage. Seu personagem zuado é o que mais chama à atenção. Longe de ser um Tyrion da vida, mas diante de tantas atuações ruins fica fácil pro baixinho se destacar.

Então o que funciona no meio de tudo isso? é com orgulho que digo que são os vídeo games. A tecnologia que temos hoje permite que os personagens realmente ganhem vida. Um brilho no olhar surge quando vemos Centopéia, Pac-Man e Donkey Kong tocando o terror, livres correndo pela natureza.

Depois de apontar tantos pontos negativos, pode parecer loucura o que vou dizer agora: assistam Pixels da melhor maneira que o cinema da sua cidade permitir. IMAX, 3D, 4D MAX e etc. É um raro caso onde os efeitos pagam o ingresso.

Pixels não é o melhor filme da face da Terra. Se usarmos Detona Ralph como comparação, aí é que a coisa fica feia. Mas sei lá, caso você queira assistir, não espere muita coisa. Mas se não quiser ir, liga aí o fliperama que estou chegando pra gente se divertir de verdade.