Os Defensores – s01e06 – Reduzindo a Pó | CRÍTICA

Reduzindo a Pó é um episódio voltado a desenrolar os pontos principais de sua história, com algumas reviravoltas que podem tirar a série  Os Defensores do desfecho óbvio.

Por Luke Muniz

Aqui temos mais um episódio da série Os Defensores dedicado a desenrolar de tramas e investigações acerca dos fatos ocorridos principalmente na segunda temporada de Demolidor (também da Marvel / Netflix). Reforçando mais uma vez algumas duplas dentro da equipe no que diz respeito a Matt e Jessica, e prosseguindo com a química em cena de Cage e Rand.

A má escrita do personagem Punho de Ferro em Os Defensores continua trazendo consequências para a série e, consequentemente, arranjando soluções bobas e que seriam evitadas caso esse protagonista tivesse uma base mais sólida e mais fiel em essência de seu material original. Mas dado isso, há um proveito da situação para mais cenas de interação dele e de Luke, e apesar de tudo, elas funcionam e fazem Rand parecer menos ruim.

Do outro lado, temos Matt e Jessica investigando a respeito de Midland Circle, o que parecia está sendo esquecido a respeito das construções e do buraco que aparece na segunda temporada de Demolidor, volta à tona e abre o caminho para o desfecho dos eventos. Há uma cena interessante, em que Jessica fala do passado de Murdock, mas em nenhum momento ele havia dialogado com ela a respeito disso, reafirmando o quão boa detetive Jones, é. Quando os personagens se entendem, e principalmente seu passado, isso gera confiança entre eles e o espírito de equipe que precisam ter, afloram e criam bases mais sólidas.

No Tentáculo, há paralelamente, uma continuação do conflito que havia sido estabelecido e a, de certa forma, “resolução” dele. Tal feito foi executado por Céu Negro/Elektra Natchios. Despertando seu eu verdadeiro, ela toma uma decisão inesperada e que diga-se de passagem, bem corajosa por parte de roteiro. Tirar Weaver de seu papel, pode enfraquecer ainda mais o núcleo vilanesco que já estava muito bidimensional, sustentado apenas pela figura de Alexandra. Pela forma que o episódio termina, o grupo pareceu concordar de forma muito fácil com a reivindicação de Natchios para tomar a posse de liderança, poderia surgir essa dúvida, mas no momento em que ela apunhalou sua mestra pelas costas na frente de todos, cria-se um laço de confiança, mesmo que superficial entre eles.

Stick mantém sua filosofia de “fazer o que é ‘certo’ e não se importar com o caminho”. Numa tentativa de acabar com Punho de Ferro, achando que assim não haveria mais o porque de o Tentáculo lutar, é frustrado pela aparição de Elektra e acaba, também, tendo sua vida ceifada. Mas já o vimos voltar antes.

A ação é moderada e prossegue com os mesmo problemas de edição e montagem. Muitos cortes e não sente-se esmero algum na hora de trabalhar tais cenas que são importantíssimas para esse tipo de material. Não há exploração alguma do que certos personagens podem fazer.

Um episódio voltado a desenrolar os pontos principais de sua história e com algumas reviravoltas que podem tirar a série do término óbvio.