2º episódio carece de ação e peca pelo ritmo, mas Punho de Ferro ainda não está ruim
Continuamos nosso review episódico de Marvel – Punho de Ferro (Spoilers à seguir):
Após uma agradável estreia de Marvel – Punho de Ferro com “A neve abre caminho”, Danny Rand (Finn Jones) está com um sério problema para continuar sua jornada na Netflix – e provar que não morreu 15 anos atrás num acidente aéreo nas montanhas do Himalaia.
Isso por que o rapaz foi envenenado por Joy Meachum (Jessica Stroup) em conluio com Ward (Tom Pelphrey), fazendo com que Danny fosse detido e trancado num hospital psiquiátrico sob constante vigilância das Empresas Rand. Ele passa todo o episódio nesse local, cheio de personagens estereotipados de manicômio como os fortões que mandam no local, o guia insano bem humorado que apresenta o local e enfermeiros te entupindo de drogas num sistema repressor. E são esses remédios o impedem de usar suas habilidades para sair.
É por lá que Danny dá mais pistas a respeito de onde esteve com menções como a Ordem da Mãe Garça, além citar K’un-Lun como uma d’ As Sete Cidades Celestiais. Ah, e também é lá que Danny diz ser o Punho de Ferro, a Arma Viva e “inimigo declarado da Tentáculo”. Parece que a mitologia da série na Netflix colocará o herói com a missão principal de derrotar essa organização apresentada pela série do Demolidor, onde o desfecho da segunda temporada deve ser relacionado de alguma forma com Punho de Ferro. Vale lembrar que a Madame Gao, personagem do programa do Homem Sem Medo, já prometia diversos desmembramentos nesse sentido.
Outro que está confinado é Harold Meachum (David Wenham). Ele também é dado como morto no acidente aéreo, mas aparentemente foi um golpe para assumir as Empresas Rand e isso lhe custou a liberdade, mas as motivações podem não ser meramente financeiras. Quando ele decide visitar Danny escondido, ele recebe um recado bem autoritário da Tentáculo, dando a entender que o personagem possui alguma espécie de dívida com a organização. Destaque aqui para a importância de Wenham na trama, onde seu papel difere bastante a cada projeto que participa (ele já apareceu em O Senhor dos Anéis e 300) mas sempre com qualidade.
Outra que parece ser destaque em Punho de Ferro é Colleen Wing (Jessica Henwick), sua personagem mostra mais um pouco de conhecimento à frente do Dojo. O ponto chave do episódio é quando ela precisa optar se acredita nas palavras de Danny (que a procura em busca de ajuda) ou se cede à proposta de Ward e assina documentos que complicariam ainda mais a situação de Danny.
No geral, o episódio sofre pelo único ritmo cadenciado onde abusa da descrição de locais, situações e emoções sem mostrar nada de fato (faltou aquela clássica lição, “show, don’t tell“) deixando tudo na teoria. Ao menos o desfecho, quando Danny finalmente consegue concentrar seu chi, deixa tudo mais promissor e interessante para o desenrolar da temporada. Porém, até aqui não há como identificarmos graves problemas roteirísticos ou galhofas que justifiquem todos os golpes que a série vem tomando da crítica.