Jessica Jones T1 E3: “Codinome Uísque” | Análise

Codinome Uísque distancia ainda mais Jessica Jones do estereótipo de heroína

Uma vez estabelecido que Jessica Jones iria tentar derrotar Kilgrave da forma mais difícil possível (juridicamente) afim de inocentar Hope pelo crime que fora forçada a cometer, o final de “Síndrome do Esmagamento” trouxe um pouco mais dos poderes de Luke Cage, além de uma arma que pode ser usada para inibir os poderes do vilão.

Para tornar viável tal arma, Jessica Jones precisa conseguir sufentanila, que nada mais é do que um anestésico geral que precisa ser injetado no futuro Homem-Púrpura e assim inibir seus poderes. Nesse momento vemos eclodir o que há de pior no caráter da protagonista vivida por Kryster Ritter, que irá manipular o viciado Malcolm (Eka Darville) para chegar até a droga. Junto com a falta de escrúpulos, nesse episódio fica mais forte a relação entre a protagonista e Luke Cage, que ficou mais próxima (muito mais) após a descoberta sobre os dois possuírem “dons especiais”. Mas como nada bonito dura muito na vida de Jessica Jones, ela logo se vê atormentada novamente com a foto da ex-esposa de Luke, e descobrimos em seguida quem é o responsável por sua morte (sim, é ela). Bote nessa conta o fato dela anestesiar a melhor amiga para perseguir um capanga do vilão, e temos uma protagonista totalmente desequilibrada!

Ao decidir ajudar Jessica, Patsy Walker (Rachael Taylor) marcou um alvo em si mesma e Kilgrave não deixa pontas soltas. É a partir dela e do sentimento de culpa por atacar um fã que somos apresentados a Will Simpson (Will Traval), novo personagem recorrente na série que possui muito mais história e potencial vindo das HQ do que você pode imaginar.

Alerta Universo Marvel: Há uma menção aos vingadores no mercado quando Jessica vai comprar “uísque do mais barato”, e também no início do episódio quando Luke Cage cita o Hulk como referência à super-força que ambos compartilham. Essas medidas ajudam a situar os fãs ao exaustivamente conectado MCU, mas também contribui para que a sensação de incredulidade da opinião pública em relação aos super-seres permaneça.

Ao final percebemos que Kilgrave tem motivos para ser uma figura recorrente na temporada, dando mais dimensão à perversidade e ao nível de obsessão que ele tem por Jessica Jones, que descobre estar sendo monitorada o tempo todo por algum capanga dele. Isso deixa as coisas muito mais interessantes!

Jessica Jones está disponível com todos os episódios para os assinantes Netflix.