Taken: interessante, mesmo sem o grande Liam Neeson

Não é de hoje que a TV abriga adaptações de filmes, sejam eles famosos ou não. Algumas se dão bem, outras nem tanto. Mas assim como os filmes de super-heróis, é um mercado bastante abrangente. A bola da vez é Taken, que você deve conhecer como a trilogia Busca Implacável. Sim, os filmes que mostraram que Liam Neeson sabe como chutar bundas.

Aqui temos um Brian Mills (vivido por Clive Standen, o Rollo de Vikings) bem mais jovem que sua versão cinematográfica, mas com o mesmo azar familiar. Por conta de uma missão onde matou o filho de um líder de cartel de drogas, viu seus inimigos matarem sua irmã. E de quebra começou a ser caçado. No meio da confusão ele é recrutado pela agente Christina Hart (Jennifer Beals) para integrar a Divisão Secreta da Segurança Nacional Americana. Local onde ele vai desenvolver suas habilidades demonstradas nos filmes.

É um piloto até consistente, que não perde muito tempo com explicações. Flashbacks e linhas de diálogo já nos mostram o que aconteceu na fatídica missão, além de apresentar um pouco mais do passado de Brian. Existe espaço também para ele mostrar seus golpes e paranoias que já conhecemos de sua versão mais velha.

Resta saber se os 14 episódios da temporada irão abordar diferentes missões do agente ou se teremos algum problema recorrente ao longo da trama. Parece que a perseguição do cartel serviu apenas para introduzir o espectador a esse mundo.

Claro que o grande charme de Busca Implacável é a presença de Liam Neeson, que rendeu até algumas cenas icônicas como o “Vou te procurar. Vou te encontrar. E vou te matar” do primeiro filme. Mas Taken, mesmo não contando com todo esse talento, aparentemente está bem servida. Clive faz bem o tipo durão-introvertido, o que parece ser o suficiente para a série. Ainda não é possível definir o corpo de coadjuvantes, mas podem ter um peso importante aqui.

Caso o elenco e a trama não sejam um atrativo, Taken possui uma carta na manga: seus produtores. Um é Luc Besson, bastante íntimo desse mundo de ação. Ele foi roteirista e produtor da trilogia Busca Implacável, ainda que o terceiro filme não seja lá dos melhores. Conhece Brian Mills com a palma das mãos. O outro é Alexander Cary, que conhece esse mundo da espionagem. Ele já trabalhou em Homeland, estando presente nos melhores e piores momentos da série. Juntos formam uma dupla convincente.

Curiosamente, você não precisa de muito esforço para assistir Taken por aqui. Os episódios chegam ao Amazon Prime um dia após a exibição americana no canal NBC. Acontece que o serviço não fez muita questão de divulgar tal feito, diferente de sua concorrente Netflix que adora uma propaganda. Será que eles não levam muita fé? ¯\_(ツ)_/¯

Taken entra em um jogo disputado, com concorrentes bem mais experientes. E como a máquina de produção de séries nunca para, vai precisar mostrar serviço para ter uma vida longa. Será que Brian Mills salvará o dia novamente?