Ao assistir à Netflix em locais públicos, brasileiros compartilham emoções e reações que antes ficavam apenas entre quatro paredes

Pesquisa feita pela Netflix revela que 67% dos entrevistados em todo o mundo não se incomodam de passar vergonha ou até levar spoilers para assistir às suas atrações preferidas em qualquer lugar

Conteúdo oferecido pela Netflix

Em um mundo onde 2,4 bilhões de pessoas(1) e mais de 2062 milhões de brasileiros recorrem a seus smartphones em busca de entretenimento, o que era privado está se tornando público. Hoje são milhões de pessoas que aproveitam para baixar e assistir aos seus programas preferidos da Netflix a qualquer hora e em qualquer lugar. As maratonas diante da tela não se limitam mais à privacidade de casa e já podemos registrar uma alta histórica de 25% na utilização de dispositivos móveis entre os assinantes  da Netflix. Um novo hábito de consumo surge entre maratonistas, agora também em telas pequenas, aproveitando espaços públicos para assistir seus programas favoritos.

Segundo pesquisa global da Netflix, 67% dos entrevistados estão dispostos a expor suas emoções em público ao assistir conteúdo fora de casa. É que, para eles, maratonistas assumidos, o acesso a séries ou filmes é mais importante do que água ou comida no ranking dos itens “essenciais” para viagens em transporte coletivo, como o trajeto entre a casa e o trabalho(3). Comportamentos como assistir a Stranger Things entre estranhos estão mudando as normas sociais. Nos trens, ônibus ou metrôs, agora é normal flagrar passageiros de olho em cenas emocionantes no celular ao lado ou às gargalhadas assistindo a uma comédia.

Ao redor do mundo, as pessoas estão assistindo  Netflix em qualquer lugar

Graças à transmissão e download em smartphones e tablets, não existe mais um local ideal para fazer maratonas. O brasileiro faz maratonas em todos os lugares. De acordo com a pesquisa, o Brasil está acima da média quando se trata de assistir conteúdo em local público: em aviões (49%), no ônibus (45%), no trajeto diário (50%), em cafés (47%), em filas (39%), na academia (24%) e no carro (33%).

Nossa tela é alvo de bisbilhoteiros

Quase metade (45%) das pessoas que assistem a filmes e séries no transporte coletivo já foram surpreendidos com bisbilhoteiros no banco de trás espiando sua tela. E no Brasil a situação é extremamente comum: 61% confessaram dar uma olhadinha no que o vizinho está assistindo. Mas não há motivo para chamar o Xerife Hopper – só 18% dos maratonistas assumidos se sentiram constrangidos pelo conteúdo visto. E mais: 77% se recusam a parar de ver sua série ou filme. Aqui a vergonha não tem vez!

Estamos dando spoilers aos bisbilhoteiros (Desculpas!)

A bisbilhotice pode trazer sérias consequências! 11% dos maratonistas assumidos em todo o mundo já levaram spoilers ao espiar filmes e séries de telas alheias. Já no Brasil e no México, 17% e 18% das pessoas, respectivamente, ficaram sabendo sem querer o que ia acontecer no seu programa favorito ao olhar a tela do vizinho.

Somos interrompidos por estranhos

Mais de um quarto (27%) dos maratonistas assumidos já foram interrompidos por estranhos interessados em engatar uma conversa sobre seus filmes ou séries. Aproximadamente um em cada três latino-americanos já teve seu filme ou série interrompido por um estranho puxando papo. Mas não há motivo para preocupação. Provavelmente os intrusos só estão com ciúmes porque não lembraram  de baixar Narcos antes de sair de casa.

Temos coração mole

Não importa o quão meticulosos somos em nossos posts nas mídias sociais; na vida real, risadas ou lágrimas não têm filtro. A maioria dos maratonistas assumidos já gargalhou na frente de desconhecidos (65%) e um em cada cinco já chorou diante da tela. Os mexicanos, colombianos, chilenos e brasileiros são os mais emotivos. Em contrapartida, é improvável flagrar um alemão aos prantos em plena maratona no transporte público. Para disfarçar as emoções, três técnicas foram apontadas:

  • 38% dos entrevistados sugeriram que o melhor a se fazer é simplesmente fingir que nada aconteceu e continuar a assistir

  • 23% disseram que parar de assistir ao filme ou à série é a melhor solução

  • 21% decidiram que cobrir a tela pode ser uma boa saída

Globalmente, os homens têm comportamentos diferentes aos das mulheres

Quando algo embaraçoso acontece, 23% dos homens cobrem as telas, contra 19% das mulheres. Se eles forem pegos rindo ou chorando enquanto assistem a algo em público, a tendência de 16% dos homens é arrumar uma desculpa, enquanto apenas 11% das mulheres justificam o porquê das lágrimas ao assistir o reencontro de Hopper e Eleven.

No fim das contas, para assistir ao que adoramos, vale correr o risco de levar spoilers ou enfrentar o constrangimento ao assistir a uma cena quente entre estranhos. Então, da próxima vez  que sair de casa, não se esqueça de levar seu filme ou série favorita.

Países que mais assistem Netflix em público:

  1. México (89%)

  2. Índia (88%)

  3. Filipinas (86%)

  4. Tailândia (86%)

  5. Colômbia (84%)

Países da América Latina que mais assistem Netflix em público:

  1. México (89%)

  2. Colômbia (84%)

  3. Chile (82%)

  4. Argentina (78%)

  5. Brasil (77%)

METODOLOGIA

*A pesquisa foi realizada pela SurveyMonkey, de 24 de agosto a 7 de setembro de 2017 e baseada em 37.056 respostas. A amostra representa, em relação a gênero e idade, a população adulta que assiste a filmes e séries em locais públicos por meio de serviços de streaming nos seguintes países: Estados Unidos, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, França, Alemanha, Índia, Itália, Malásia, México, Holanda, Filipinas, Polônia, Coreia do Sul, Espanha, Suécia, Taiwan, Tailândia e Turquia.

1 Estima-se que 2,4 bilhões de pessoas vão utilizar smartphones neste ano – um acréscimo de 10,8% em relação a 2016, segundo a última previsão da eMarketer .

2Fonte: FGV

3Foi solicitado aos entrevistados que fizessem um ranking com os itens  “essenciais” para levar em viagens de transporte coletivo. Os maratonistas deram mais importância ao “acesso a filmes e séries” do que a comidas e bebidas (30% em relação a  25% e 23%, respectivamente, nos dados globais).