O Poderoso Chefinho – De Volta aos Negócios, série de animação que estreou a sua terceira temporada nas últimas semanas de março na Netflix, é a comprovação que um trabalho bem feito de adaptação e com pensamento a longo prazo gera um sucesso mais sólido. A produção da DreamWorks já coloca a série como uma dos grandes desdobramentos de um longa metragem. Ela está ainda mais madura no formato, na qualidade do texto e na própria animação.
Diferentemente das séries animadas que vieram após um longa como As Aventuras do Capitão Cueca ou Os Groods, O Poderoso Chefinho faz um belo caminho com sua série animada. Ao meu ver, isso acontece por um trabalho inteligente de adaptação. Toda essa franquia é baseada no livro infantil “The Boss Baby” da escritora americana Marla Frazee. O livro foi escrito em 2010, e o primeiro longa lançado em 2017, indicado ao Oscar de melhor longa de animação. Rapidamente a série animada estreou na Netflix, ainda em 2018, e agora, em 2020, chega a terceira temporada.
A série desenvolve ainda mais a relação entre Tim e seu irmão, o bebê de terno Chefe de Operações de Campo da Baby Corp, uma companhia que trabalha pela manutenção do amor dos adultos pelos bebês. Stacy, Jimbo e os trigêmeos estão ótimos em suas funções de coadjuvantes que nos conquistam com extremo carisma. Em termos de narrativa, a série se dedica a focar em um grande inimigo por temporada. Na primeira são os planos malignos dos animais de estimação querendo ser mais amados do que bebês, na segunda temporada já são os idosos e na terceira temporada o Chefinho está fora da Baby Corp e forma um time paralelo para derrubar uma outra empresa chamada Baby Easy.A empresa fornece produtos que hipnotizam bebês deixando eles quase zumbis e não dando trabalho aos pais.
A terceira temporada é uma grande confusão onde até os antigos colegas de Baby Corp ficam contra o Chefinho. Tudo regado a um divertido texto cheio de referências ao mundo corporativo.
Detalhe também para o personagem Mega Bebê que nesta temporada busca sua redenção ao ser adotado pela repórter chata e mala que sempre foi anti-bebês. Esse é um outro núcleo muito bom da série. Talvez o vilão, o dono da Baby Easy, não seja tão atraente quanto os das outras temporadas, mas isso em nada invalida a qualidade da série e da boa diversão para quem quiser maratonar. Se quiser saber mais sobre essa terceira temporada, gravamos um episódio especial do Podcas SeAnime. Não deixe de ouvir!