Game of Thrones s07e07 – The Dragon and the Wolf | CRÍTICA

Último episódio da temporada de Game of Thrones entrega cenas clichês e outras mais impactantes para nos preparar para a próxima e derradeira temporada.

E a sétima temporada de Game of Thrones chega ao fim. Em meio a muitas falhas de roteiro, personagens se reencontrando e cenas impactantes, temos um bom último episódio que nos prepara para a próxima temporada deixando um gostinho de quero mais. Confira a análise a seguir COM SPOILERS.

O episódio se inicia em Porto Real, mais precisamente no Fosso dos Dragões, local onde os Targaryen escondiam seus dragões para que não saíssem fazendo estragos desnecessários por aí, por consequência de viver presos eles foram ficando menores e definhando até morrer. Talvez a escola do local já foi uma forma de diminuir e preocupar Danny, pois aquele lugar fora a ruína de sua casa. A cena foi bem tensa, acredito que nunca tivemos tantos personagens de núcleos diferentes foram reunidos no mesmo lugar antes. Grande parte do episódio foi bem coerente, mas aqui tivemos um probleminha que foi a aceitação muito rápida do pessoal da Cersei da ameaça do Norte, somente um morto fez ela aceitar a trégua. Mas lógico que Jon teria que ser igual ao seu pai e cagando tudo por ser justo demais. Mas com certeza a cena mais engraçada foi o Euron fugindo com argumentos bem justos, mas depois vemos que ele estava na verdade indo em Essos para trazer o exército de mercenários da Companhia Dourada para Westeros.

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Depois de tudo dar errado tivemos uma das melhores cenas do episódio, com Tyrion finalmente conversando e se abrindo para sua irmã, que parece não se preocupar mais com nada além de seu novo filho. Eu questiono essa escolha de dar um novo filho para ela, mas isso está tornando a personagem mais crível e humana. Cersei sempre fez o que fez pelos seus filhos e agora sem nenhum filho sobrando suas ações estavam meio sem propósito. Agora ela tem um novo caminho e motivações a seguir. Algumas pessoas estão teorizando que teve mais conversa além daquela ali, isso justifica Tyrion ficar preocupado em ver Daenerys e Jon juntos mais tarde. Mas acredito que o que teve de diálogo importante foi mostrado na tela.

Então a trégua, apesar de surgir de uma ideia idiota, deu certo. Fico feliz em saber que Cersei não aceitou de bom grado o que foi proposto. Como uma boa Lannister ela vai se aproveitar da situação e negar ajuda quando Daenerys precisar para enfrentar a ameaça do Rei da Noite. Apesar de ter ficado feliz com o rompimento de Jaime e Cersei, achei que Jaime comprou muito fácil a ideia de uma ameaça maior. Acredito que ele, ao rever Brienne, lembrou do que ele sempre quis ser: um cavaleiro honrado. Ele não quer ser lembrado por matar seu rei e trair aliados em um momento tão importante.

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Em Winterfell, confesso que fui pego de surpresa com o plano das irmãs Stark. Eu subestimei os roteiristas e achei que a Sansa estava sendo mal escrita de novo compactuando com tudo que o Mindinho estava falando. Ainda fica meio incoerente as duas irmãs meio que tretarem sozinhas sem ninguém olhando antes e depois aparecerem amiguinhas mas acho muito coerente as duas perceberem que Petyr era um problema e precisava ser resolvido ali, no grande salão, com uma garganta cortada. Foi catártico.

Em Winterfell tivemos também Sam e Bran fazendo o que nenhum personagem de série nunca faz: juntar peças para conseguir informações importantes. Gostei de ver que o Sam não somente pegou as informações jogadas ao léu pela Guilly, mas se baseou em inscritos para confirmar que Jon (Aegon na verdade) é filho legítimo de Rhaegar. Agora resta saber como Daenerys vai receber essa informação. Bom lembrar que já existiram dois grandes Aegons no passado, o grande conquistador de Westeros e o rei personagem de O Cavaleiro dos Sete Reinos. E eu esperava que Rhaegar fosse mais bonito, não esse cosplay de Viserys.

Em Dragonstone, tivemos uma bela cena de Jon perdonando ( o máximo que deu ) Theon e o motivando a buscar finalmente sua redenção. De forma clichê ele retoma a confiança dos seus homens para poder ir resgatar sua irmã e ver se ainda resta alguma honra nele.

No barquinho do amor, Jon e Daenerys finalmente consumam o que vem sendo construído desde o início dessa temporada. Muita gente pode não gostar desse ship mas temos que aceitar esse casal, só não sei se isso vai durar muito com a Daenerys sabendo da origem de Jon, já que ela é ávida por poder. Eu acredito que a reação de Tyrion para com os dois é de alguém muito político e prático, ele está preocupado que o romance entre os dois acabe influenciando opiniões importantes. Eu não acredito que ele seja um traidor, só acho que ele procura a solução mais racional possível para essa guerra. Ele deixou claro se preocupa com sua família, ele sente que ainda deve manter o legado de seu pai.

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A temporada termina com uma cena clichê e esperada. O dragão de gelo destruindo a Muralha com sua baforada de fogo azul (?). Por mais manjada que seja, a cena foi bonita e com um CGI realmente impressionante. Acredito que Thromund e Beric sobreviveram ao ataque, principalmente porque só uma parte da Muralha foi explodida.

A sétima temporada de Game of Thrones começou boa mas teve uns tropeços no meio do caminho, principalmente no quesito de coerência narrativa e algumas montagens esquisitas. A verdade é que a série teve poucos episódios para desenvolver e concluir uma trama que ainda tem muitas pontas soltas, por isso tivemos cenas corridas demais e acontecimentos que deveriam ter sido mais épicos se perderem em uma narrativa fraca. Mas como um todo, a temporada foi boa e com um final digno. Espero que a na próxima temporada o Rei da Noite seja mais explorado, porque sabemos sua origem e o seu objetivo, mas desconhecemos suas motivações, isso faz dele um vilão desinteressante até. Eu acredito que veremos tanto ele como Cersei como vilões até o fim da temporada…que só chega em 2019…até lá então.