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A Máquina do Tempo (H.G. Wells) | Crítica

“Não existe diferença entre o Tempo e qualquer das outras três dimensões do Espaço, exceto o fato de que nossa consciência se desloca ao longo dele.” – H. G. Wells em A Máquina do Tempo

De tanto a gente ouvir falar em viagem no tempo, essa temática já não é mais novidade na literatura nem no cinema. É por isso que é tão espantoso ler os primeiros parágrafos de A Máquina do Tempo, de H.G.Wells.

As primeiras explicações do autor do Tempo sendo uma quarta dimensão parecem ter saído de um filme hollywoodiano sobre espaço (tá bem, pensei em Interestelar) e foram escritas em 1895! Então, pensar que a ficção científica já tinha um pensamento tão próximo à atualidade nessa época só reforça o amor por ler obras assim!

“(…) mesmo quando a inteligência e a força tiverem desaparecido, a gratidão e a ternura mútua ainda encontrarão espaço nos corações humanos”

Para resumir a história, a Terra, daqui a centenas de séculos, tem dois tipos de habitantes: os Eloi, um povo bonito, frágil, ingênuo e medroso que vive na superfície; e os Morlocks, criaturas com traços remanescentes de seres humanos que vivem no subterrâneo e só se movimentam à noite para se alimentar do primeiro grupo.

A adaptação de 2002 de A Máquina do Tempo, com Guy Pearce.

Para quem não lembra, A Máquina do Tempo teve uma adaptação para os cinemas em 2002 com Guy Pearce e Jeremy Irons. Confesso que tinha muito o filme na mente quando comecei o livro. Então, não façam isso. O livro é uma obra curtinha, com menos de 200 páginas, com uma história breve (se comparada aos livros de ficção científica de hoje) e tem menos ação do que o filme.

Porém, H.G.Wells é um exímio contador de histórias. então a narrativa é bem plausível. Ele não usa o artifício de contar o que aconteceu ao mundo através de um personagem que milagrosamente saiba falar a língua do protagonista. Nós vamos conjecturando o que pode ter acontecido junto com o cientista (que, aliás, não tem nome). Quando ele passa a experienciar certos acontecimentos é aí que vamos entendendo aquilo também.

“Minha teoria era bastante simples, bastante plausível – como aliás acontece com a maior parte das teorias equivocadas”

É aí quando percebemos o que está acontecendo que A Máquina do Tempo ganha velocidade e as páginas passam depressa até o final. A narrativa não é milagrosa e nem muito heróica, mas é leve e ganha adrenalina na medida certa, na hora certa.

Se você adora histórias de viagem no tempo, você já precisa ver a que originou todas as outras. Mesmo que você não seja fã específica de ficção científica, a história clássica de H.G. Wells merece muito ser lida.

Informações Técnicas

  • Título: A Máquina do Tempo;
  • Assunto: Ficção Científica;
  • Editora: Alfaguara (Objetiva);
  • Número de Páginas Total: 152 páginas;
  • Publicado em: 2010;
  • Edição: 1ª;
  • Tipo de Capa: Brochura;
  • Idioma: Português.

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